Na segunda sentença decorrente da Operação Lama Asfáltica, a Justiça Federal de Mato Grosso do Sul condenou o ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, o fiscal da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Wilson Roberto Mariano, a filha dele Mariane Mariano, e o engenheiro João Afif a penas que somam 33 anos de prisão por lavagem de dinheiro, além da devolução de R$ 4,3 milhões.
A decisão foi proferida na terça-feira (17) na ação de n.º 0007458-32.2016.4.03.6000 que apurava a ocultação da origem de R$ 4,3 milhões em recursos públicos que teriam sido empregados na compra da Fazenda Maravilha. O desvio da quantia milionária seria decorrente de direcionamento de licitações e do pagamento por serviços não realizados, além da emissão de medições previamente encomendadas pela empreiteira.
Na sentença, a Justiça julgou procedente a denúncia de negociações entre servidores da Agesul e da construtora Proteco. Em relação à lavagem de dinheiro, apontou que o pagamento parcelado pela aquisição da fazenda foi feito, em sua maior parte, por meio de transferências da conta de Mariane Mariano e João Afif. às vésperas de cada vencimento das cinco parcelas, foi observado intenso fluxo de depósitos não identificados, fracionados e mediante múltiplas operações diárias.