O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos e Coletivos de Campo Grande, suspendeu o concurso para os cargos de escrivão e investigador da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
O magistrado atende o pedido de tutela de urgência do Ministério Público Estadual, feito pelo promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, após denúncias dos candidatos de vazamento do conteúdo aplicado na prova nos dias 8 e 9 de setembro.
Uma candidata havia deixado o local com a prova de digitação em mãos e o conteúdo foi espalhado em grupos de WhatsApp.
“Esta quebra de regularidade prevista pela comissão organizadora, já que proibia aos candidatos levar consigo o texto posto para digitação, tem um forte potencial de anular efetivamente a fase de prova de digitação, pela quebra da isonomia”, destacou o juiz.
No início do mês a comissão organizadora do concurso público para o cargo de agente de Polícia Judiciária havia comunicado a eliminação da prova de digitação do cronograma.
“Permitir-se que o concurso prossiga nestas circunstâncias irá, com toda a certeza, custar mais recursos financeiros ao Estado e aos candidatos, caso, ao final, se conclua que a etapa deverá ser refeita, pois a continuidade exigirá que a comissão organizadora e os candidatos se empenhem em atos que poderão ser desfeitos posteriormente pelo possível reconhecimento de nulidade ocorrida na fase anterior”, completou o juiz.
A SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização) informou, através da assessoria de comunicação, que o governo do Estado “tem como prioridade a celeridade do processo”, e que a pasta se manifestará somente quando for notificada.