A Polícia Civil de Dourados, concluiu o inquérito investigativo sobre o assassinato do Padre Alexsandro da Silva Lima, de 44 anos, com desdobramentos significativos na esfera judicial referentes à custódia dos envolvidos. Neste domingo (16), os dois principais acusados presos passaram por audiência de custódia.

A prisão em flagrante do apontado como autor dos golpes de marreta e faca foi convertida em prisão preventiva. Segundo a Justiça de Dourados, a decisão foi decretada para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, dada a extrema reprovabilidade de sua conduta, que resultou na morte da vítima com o objetivo de subtrair seu veículo.

Em relação ao outro rapaz, que auxiliou na ocultação do corpo e na fraude processual, a Justiça optou por medidas menos severas. Foi concedida a liberdade provisória, pois sua participação se limitou aos atos posteriores ao óbito, não tendo participado diretamente do homicídio.

Ele terá de cumprir medidas cautelares diversas da prisão, incluindo comparecimento mensal em juízo, proibição de contato com os demais envolvidos e restrições de circulação na Comarca.

A motivação central do crime permanece sendo latrocínio, uma vez que houve o roubo do veículo da Mitra Diocesana.

Entretanto, o autor principal alegou, em depoimento, que o ato fatal foi precedido por um histórico de encontros sexuais pagos com a vítima, o que teria gerado um sentimento de ódio que culminou na reação violenta.

Entenda o crime

Desaparecido desde sexta-feira (14), o padre Alexsandro foi encontrado morto na manhã deste sábado, às margens de uma estrada no distrito industrial de Dourados, com sinais de violência. Segundo a Polícia Civil, ele foi rendido dentro da residência onde vivia, em Dourados, e morto com golpes de martelo e possivelmente de faca. O autor levou o Jeep Renegade do sacerdote e outros pertences, como joias, dinheiro e objetos pessoais.

O veículo e o celular do padre foram recuperados ainda na madrugada, junto dos dois primeiros suspeitos, um jovem de 18 anos e um adolescente de 17. A polícia também apreendeu uma faca e um machado que podem ter sido usados no crime.

Segundo a polícia, após o assassinato, os demais suspeitos — incluindo as duas adolescentes e o segundo jovem de 18 anos — teriam ido até a casa do sacerdote para limpar o local e ocultar evidências, além de retirar objetos da residência.

Fonte: Midiamax