Educadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, fazem mais um dia de greve na quarta-feira (11) como protesto à falta de um acordo com a prefeitura sobre o reajuste salarial dos servidores administrativos da educação. Será a terceira paralisação de um dia em menos de um mês.
De acordo com o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), o movimento continua porque não houve avanço na negociação com a prefeitura para a valorização dos administrativos.
Na quarta às 8h os educadores vão mais uma vez se concentrar no CAM (Centro Administrativo Municipal), onde fica o gabinete da prefeita Délia Razuk (PR), para protestar contra a decisão da prefeitura de não conceder aos administrativos o mesmo índice de reajuste dado aos professores.
Também haverá panfletagem nos bairros, para informar aos pais e estudantes sobre os motivos da paralisação. “O movimento está demostrando para a população que o orçamento municipal da educação apresenta saldos positivos e questionando como estão sendo aplicados esses recursos no ensino público”, afirma o Simted.
Conforme o sindicato, o município de Dourados vem recebendo regularmente os recursos que obrigatoriamente devem ser aplicados na educação para valorização dos grupos magistério e administrativo.
A contraproposta dos educadores feita à prefeitura inclui criação de um adicional de 4,13% para o administrativo educacional com valores retroativos a abril deste ano; formalização, com data estabelecida em lei, para o reajuste de 7,64% referente a 2017 para o magistério e incorporação do mesmo índice (7,64%), referente a 2017, para os servidores administrativos.
A prefeitura afirma que Dourados aparece no ranking da Fetems como um dos 36 municípios de Mato Grosso do Sul que cumprem a Lei do piso salarial nacional, fixado para 2018 pelo Ministério da Educação em R$ 2.455,35 para jornada de 40 horas semanais.
Segundo a assessoria de Délia Razuk, um professor da rede municipal de ensino de Dourados com curso superior recebe R$ 4.588,95 pelas mesmas 40 horas pelas quais o MEC manda pagar R$ 2.455. Por 20 horas semanais trabalhadas, o menor salário no município é de R$ 2.294,42.
“Como o piso salarial nacional é exigido apenas para professores com ensino médio – o que sindicalistas da área da educação de Dourados também não explicaram e nem informam durante os manifestos realizados na cidade – a prefeitura lembra que, nesse caso, o menor salário praticado está em R$ 2.982,75 (também maior que os R$ 2.455) por 40 horas semanais de jornada”, alega o município.
Fonte: Helio de Freitas