A defesa do pedreiro José Cláudio Neres de Melo, acusado de matar com golpes de machado na cabeça, a ex-mulher Edinalva Ferreira Melgaço, pediu em audiência de custódia exames de sanidade mental para tentar provar que o crime teria acontecido durante um surto.
No pedido, a defesa ainda teria alegado que o pedreiro por três vezes teria tentado se matar, e que o assassinato de Edinalva aconteceu durante um surto dele. Mas, a Justiça negou os pedidos de exames do advogado afirmando não ter dúvidas de que o crime teria sido premeditado.
Uma testemunha em depoimento disse que: “nunca havia visto uma cena tão brutal quanto aquela, pois o autor estava consciente dos seus atos e desferiu de 20 a 30 golpes de machadinha na cabeça da vítima”.
A defesa ainda deve tentar entrar com pedido de habeas corpus, na tentativa de José Cláudio Neres de Melo responder em liberdade pelo crime.
Em depoimento, o pedreiro negou premeditação, mas a polícia não acredita nesta hipótese, já que ele andava com a machadinha dentro de seu carro. José estava inconformado com a separação do casal, e já havia tentado reatar o relacionamento sem sucesso.
Edinalva foi morta com quatro golpes de machadinha na cabeça depois de ser perseguida e derrubada de sua motocicleta pelo ex-marido. Os dois estavam em um aniversário de um pastor da igreja que frequentam.
Durante a festa, ele não teria suportado ver Edinalva feliz e a perseguiu pelas ruas até derrubá-la da moto e matá-la com a machadinha. O filho do casal, que estava como garupa da mãe presenciou o crime. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu no hospital.
O delegado irá pedir pela prisão preventiva de José, que deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (18). Ele será autuado por feminicídio por motivo torpe e egoístico que dificultou a defesa da vítima.