Em novo julgamento, Luis Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos, acusado de ter matado a marteladas a musicista Mayara Amaral e depois ter queimado o corpo dela para se livrar da prisão, disse ter ficado nervoso após descobrir que havia contraído doença sexualmente transmissível durante relação com a vítima.
Sem expressar arrependimento, o réu disse que não conseguiu pensar direito e por isso reagiu com violência.
De acordo com depoimento do réu, Luis estava tendo caso com Mayara há três meses e no dia do crime, a vítima estava tomando bebida alcoólica e fumando maconha com Luis.
Em seguida, os dois decidiram ir a um motel.
Após terem relação sexual, de acordo com Luis, Mayara teria revelado que passou doença sexualmente transmissível para ele.
Ainda de acordo com o réu, ele teria ficado nervoso e atingiu a vítima com martelo que estava na mochila.
Após a vítima morrer no quarto de motel, Luis colocou o corpo dela no carro e levou para a região do Inferninho, na saída de Rochedo.
O corpo foi encontrado parcialmente queimado.
Após o crime consumado, a mãe da vítima, em depoimento, disse que Luiz se passou por Mayara e mandou mensagem para o celular dela, dizendo que um tal de Fábio estava perseguindo ela e que queria matá-la.
De acordo com a promotora, a ideia era transferir a culpa da morte de Mayara para outra pessoa.
O réu continuou defendendo que estava muito drogado e que tinha fumado maconha, injetado drogas na veia e cheirado cocaína.
Segundo a promotora, Luis teria saído com os pertences da Mayara apenas com intenção de furtar e não para atear fogo, como ele alegou.
A promotora ainda acusa Luis de ter agido com frieza, porque, após matar a vítima, ele foi até um mercado para comprar álcool a fim de queimar o corpo de Mayara e no momento em que comprou os produtos para queimar a vítima, de acordo com a promotora, o réu comprou uma cerveja, caracterizando tranquilidade.
Mesmo negando ter ateado fogo na vítima, a perícia confirmou que ela foi queimada por Luis e que, no momento que foi atingida a marteladas, Mayara não teve como se defender.
Outra declaração do réu que foi rebatida pela defesa da vítima é de que ele mentiu ao dizer que queria se livrar dos pertences, quando, na verdade, ele tentou trocar o carro com o colega de nome Ronaldo e uma volta de mais R$ 1 mil.
Os únicos locais que a perícia achou sangue no motel foi no telefone, próxima a porta e no toldo que fecha a garagem do motel.
Em depoimento ao juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, Luis confirmou que matou a musicista.
O crime
A vítima foi morta em julho de 2017 em motel que fica na Avenida Euler de Azevedo. Mayara morreu após receber vários golpes de martelos e depois teve o corpo jogado e queimado em matagal próximo ao Inferninho.