A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico do celular usado por Pamela Ortiz, dentro do presídio feminino Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande. Ela foi flagrada no fim de fevereiro falando ao celular com o investigador da Polícia Civil, com quem teve um relacionamento.
A quebra do sigilo foi deferida, no dia 3 de abril pela Justiça, que agora deve analisar o conteúdo de possíveis mensagens e das ligações. O MP (Ministério Público) havia feito o pedido de quebra, em março. Durante a ligação, Pamela teria dito que se mataria dentro do presídio, e que estava disposta a desistir dos filhos, mas que não desistiria dele.
Por causa do episódio o MP também pediu ajuda psicossocial a interna pela ameaça de suicídio dentro do estabelecimento penal. Pamela tem sete passagens, sendo duas em Terenos e cinco em Campo Grande, por estelionato, peculato e ameaça.
Pamela pode ter a pena aumentada depois do flagrante dentro do presídio. No dia 26 de março foi designado a primeira audiência sobre o caso, que foi marcada para o dia 6 de maio às 14 horas, no Fórum de Campo Grande.
O caso
Pamela Ortiz de Carvalho foi presa no dia 25 de fevereiro, acusada do assassinato da idosa de 79 anos, Dirce Santoro Guimarães Lima, que aconteceu no dia 23. Dirce foi morta com pancadas na cabeça, que foi batida contra um meio-fio. O rosto da vítima ficou desfigurado.
A idosa desapareceu depois de entrar no carro Renault Sandero de Pâmela. As duas teriam se conhecido em novembro de 2018.
A suspeita confessou o crime e disse que houve uma discussão dentro do veículo entre ela e a idosa, e que Dirce havia pulado do carro em movimento, mas o que a polícia descarta. Segundo informações da polícia, a vítima teria se queixado com vizinhas que desde que conheceu Pamela compras que não era dela estavam sendo feitas em seu cartão de crédito.
O corpo de Dirce foi encontrado atrás de uma fábrica de peças íntimas, em Indubrasil. Ele estava jogado em um amontoado de lixo.