Após PCC, Paraguai quer expulsar membros do Comando Vermelho para o Brasil

A Justiça paraguaia espera pela decisão do Brasil para expulsar do país a namorada do traficante Marcelo Piloto e dos membros do Comando Vermelho, após condenação pela tentativa de resgate de Piloto, que foi expulso do país em 19 de novembro de 2018.

Marisa de Souza Penna, noiva de Marcelo Piloto, Thiago Lucas Gonçalves, Juárez Italo Paiva Filho, Wanderson Ferreira de Paula Silva e Alan Neves da Conceição, foram condenados a cinco anos de prisão.

Atualmente no país existem 600 presos em diversos estabelecimentos penais de outros países cumprindo pena.

Segundo o site ABC Color, a Justiça alegou que os presos devem cumprir as penas nos seus países de origem. Pelo menos até agora já foram expulsos do Paraguaia 120 detentos de facções criminosas, depois de um massacre na penitenciária de San Pedro, onde 10 presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram decapitados e carbonizados em uma guerra com a Clã Rotela.

Em novembro de 2018, Lídia Meza Burgos de 18 anos, foi morta a facadas em novembro de 2018 por Marcelo Piloto dentro de uma cela no Paraguai. O crime teria sido cometido para impedir a extradição de Piloto para o Brasil.

A jovem foi morta com uma faca de cozinha. Ela foi esfaqueada no pescoço, tórax, abdômen e nas costas causando hemorragia interna. Lídia chegou a ser socorrida depois de agentes ouvirem os gritos de socorro, mas ela não resistiu e morreu.

Expulsão do Paraguai

O narcotraficante Marcelo Piloto foi expulso do Paraguai no dia 19 de novembro de 2018, depois do assassinato de Lídia Meza Burgos, de 18 anos, no grupo especializado da polícia onde Piloto estava preso, no Paraguai.

Piloto saiu em um avião do Grupo Air Tactical da Força Aérea Paraguaia. Um grupo com três barcos das Forças Operacionais Especiais da Polícia acompanharam a extradição de Marcelo Piloto.

Marcelo Piloto é considerado um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho e teve extradição concedida em 30 de setembro.

O traficante recorreu e a matéria é analisada na segunda instância do país.

A expectativa do Ministério do Interior do Paraguai era que a extradição ocorresse ainda em novembro, já que os crimes que Piloto responde no país vizinho – falsificação de documentos e homicídio – são considerados de fácil conclusão.

No último dia 12, a advogada Laura Casuso, de 54 anos, que defendia Marcelo Piloto e Jarbas Pavão, foi morta com mais de 14 tiros em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã. A polícia paraguaia não revelou se há conexão entre os crimes.