Assassino acompanhou junto com a família as investigações, dizem parentes de Carla

Muito emocionada, Evani Santana, mãe da jovem Carla Magalhães, que foi sequestrada, estuprada e assassinada pelo vizinho, Marcos André Vilalba ficará nesta sexta-feira (13), mais uma vez, frente a frente com o assassino de sua filha durante o julgamento de Marcos.

Evani disse ao Jornal Midiamaxque espera por justiça. “É uma coisa sem explicação”, disse. Ela está muito confiante pela condenação de Marcos. “Desde a primeira hora que ela sumiu, minha família estava comigo e continua”, falou.

“É uma atrocidade, nossa esperança é que a justiça da terra seja feita. Só Deus para dar força porque nunca imaginamos tanta atrocidade”, falou o primo de Carla, Diego Santana. Ainda segundo Diego, Marcos é uma pessoa fria, que estava o tempo todo acompanhando o que a família estava fazendo quando a Carla sumiu.

Para o assistente de acusação, José Belga, Marcos André não pode voltar para o convívio da sociedade, já que é uma pessoa de alta periculosidade, insensível e frio, que voltaria a cometer o mesmo crime, fazendo mais vítimas. “Comportamento bizarro que ele teve, de estuprar, matar e violar o corpo por três dias”, disse. A acusação pede pena máxima, que pode chegar a 49 anos de prisão.

No julgamento desta sexta (13), só poderão entrar no plenário 20 pessoas entre familiares de Carla e do acusado, que foi preso duas semanas depois da descoberta do corpo. Nas regras para o juri não poderão entrar pessoas com camisetas, vestimentas que possam influenciar os jurados — a chamada ‘torcida’. Também foi proibida a entrada no plenário de mais de 20 pessoas.

Feminicídio

No dia 30 de junho de 2020, por volta das 19 horas, Carla foi raptada por Marcos na Rua Nova Tiradentes, no Tiradentes, onde ela e o autor moravam. Eles eram vizinhos e a vítima foi imobilizada pelo réu com um ‘mata leão’. Após o golpe aplicado pelo rapaz, Carla desmaiou e foi levada para dentro da residência dele.

Segundo a denúncia, Marcos deu golpes de faca no pescoço de Carla e ainda fez um corte profundo. Após a morte da vítima, o acusado ainda vilipendiou o cadáver, praticando sexo com a vítima morta. Ainda consta nos autos que o crime foi praticado por Marcos sob alegação de que, no dia anterior, Carla o teria ignorado quando foi cumprimentada por ele.

Após os crimes, Marcos deixou o corpo de Carla escondido embaixo da cama por três dias, até que levou a vítima para uma conveniência, na esquina. Foi no início da manhã daquele dia 3 de julho que parentes de Carla, que saíam para trabalhar, encontraram a vítima. Com o corte profundo no pescoço e sem as roupas, Carla foi encontrada morta.

Após as investigações, Marcos foi preso por equipes da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) duas semanas após o crime, com apoio do Batalhão de Choque.