Casa de massagem na capital é denunciada por “outros” serviços

Moradores ouviam barulho, viam movimentação anormal fora de hora e de terem suas residências confundidas por clientes que procuram uma ‘casa de massagem’ durante a madrugada.

Os Moradores de uma rua do Itanhangá Park, um dos bairros mais nobres de Campo Grande, recorreram ao Ministério Público Estadual (MP-MS) para pedir o fechamento do local.

Eles enviaram uma denúncia ao órgão argumentando que consta que o local teria um alvará de funcionamento para atuar como uma “clínica de estética e outros serviços de cuidado com a beleza”.

casa de massagem em mensagem de whatsapp
Serviços oferecidos pelo estabelecimento

 

No entanto, diz a denúncia, o local seria voltado para a “exploração da prostituição”.

A reportagem do Jornal Midiamax constatou que a chamada Mansão da Dani Gaúcha anuncia serviços de acompanhante em sites e negocia os serviços por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp.

Na tarde desta terça-feira (7), a responsável pelo local disponibilizou fotos de 30 mulheres diferentes, algumas posando de lingerie ou seminuas, que prestariam serviços sexuais a partir de R$ 200 por hora.

Para o atendimento fora da mansão, é cobrada uma taxa extra de R$ 100.

Na denúncia enviada ao MP, foram anexadas publicações da suposta responsável pelo local, com detalhes do espaço, que é uma luxuosa casa com piscina, suítes e banheiras de hidromassagem espalhadas em cerca de mil metros quadrados.

Na denúncia, que não pode ser confirmada pela reportagem, os moradores afirmam à Justiça que algumas garotas que trabalham no local seriam supostamente menores de idade e até estariam usando documentos falsos.

“A exploração da prostituição, bem como seu favorecimento, são crimes”, diz trecho da denúncia feita ao MPMS.

Sem saber que estava conversando com um repórter, a responsável pela casa afirmou que não trabalha com menores de 18 anos.

Motivo da denúncia

A reportagem do Jornal Midiamax foi até o endereço localizado na área nobre e conversou com uma vizinha que preferiu não se identificar. Segundo ela, um transtorno muito grande acontece desde que o suposto prostíbulo se mudou para o local.

“Descobrimos que ali é uma casa de prostituição depois que viajei e minha filha ficou sozinha em casa.

Ela me ligou uma vez desesperada falando que tinham quatro homens em frente da nossa casa de madrugada e interfonaram falando que queriam falar com a Dani”, disse a mulher.

Desde então, diz a mulher, os problemas só amentaram, pois  os clientes do local confundem as residências e insistem em bater no portão de sua casa em plena madrugada.

O barulho é outro incômodo constante. “Às vezes no começo da tarde é uma festa isso aqui. A rua lota de carros, é gente para todo canto.

Minha família costuma realizar churrascos ou almoços nos finais de semana aqui em casa e por causa disso temos até medo de deixar o portão aberto e entrar algum desconhecido achando que está entrando ali [casa de massagem]”, relatou a moradora.

Em imagens das câmeras de segurança da casa da moradora, é possível ver pela data e hora, veículos e homens que se aproximam da casa por volta da 1h da madrugada nos finais de semana e interfonam para falar com a responsável pelo prostíbulo.