Em nova ofensiva contra o crime organizado que atua na fronteira, a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai destruiu aproximadamente 30 toneladas de maconha em operação realizada nesta segunda-feira, juntamente com o Ministério Público, no departamento (estado) de Caazapá.
Autoridades acreditam que depois de processada, a droga seria despachada ao Brasil via Mato Grosso do Sul e Paraná.
Os policiais localizaram uma fazenda na região de Tava Porã que funcionava como centro de plantio e produção da erva.
No local foram encontradas seis toneladas da droga em processo de secagem que foram destruídas. Também foram derrubados oito hectares com aproximadamente 24 toneladas.
A Senad acredita que o prejuízo causado aos traficante esteja em torno de 900 mil dólares, cerca de R$ 3,4 milhões. Ninguém foi preso.
Na semana passada, a Senad, o Ministério Público, a Secretaria Nacional para Administração de Bens Apreendidos, o Serviço Nacional de Cadastro e a Força Tarefa-Conjunta, em cooperação com a Polícia Federal do Brasil, apreenderam três fazendas do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, que agia em toda a faixa de fronteira, incluindo Mato Grosso do Sul.
Os bens estão avaliados em aproximadamente 68 milhões dólares, cerca de R$ 262,4 milhões.
A ação é desdobramento da Operação Spectrum, deflagrada em 2017, pela PF, e representa a fase final de vários meses de investigações que objetivaram desarticular completamente uma complexa estrutura criminosa dedicada à lavagem de dinheiro do tráfico, administrada por Cabeça Branca, atualmente preso no Brasil.
As fazendas somam total de 11.800 hectares e estão localizadas no departamentos (estados) de San Pedro e Concépcion e, de acordo com a Senad, são altamente produtivas, com infraestrutura e maquinário de ponta para produção agrícola. Todos os bens estão sob tutela do Estado paraguaio.