Facções criminosas são alvos de operação; Gaeco prende duas pessoas em Dourados

Com 266 mandados de prisão e 203 de busca e apreensão, integrantes do Gaeco cumpriram dois no MS, em Dourados e Aparecida do Taboado

Uma nova operação de âmbito nacional, a exemplo de outras realizadas recentemente no Estado, com a finalidade de identificar e prender integrantes de facções criminosas que agem no País, foi deflagrada ontem pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), do Ministério Público brasileiro, em 15 estados, um dos quais Mato Grosso do Sul, onde foram cumpridos dois mandados, um em Dourados e outro em Aparecida do Taboado.

Além do MS, segundo a Agência Brasil, a operação aconteceu simultaneamente nos estados do Acre, de Alagoas, do Espírito Santo, de Goiás, Pernambuco, da Paraíba, do Paraná, Rio de Janeiro, de Roraima, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, São Paulo, do Tocantins e no Distrito Federal.

O Ministério Público do Estado (MPMS), confirmou, por meio de nota oficial, que dois dos mandados foram cumpridos no interior, porém, um dos quais de um interno de prisão estadual que já se encontrava preso, mas não forneceu maiores dados sobre essas buscas e prisão.

No DF, a operação foi coordenada pelo Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante buscas em Santo Antônio do Descoberto, cidade goiana no entorno do DF, foram apreendidos telefones celulares, anotações e cadastros ligados à facção criminosa.

No Tocantins, foi realizada inspeção na Casa de Prisão Provisória de Palmas, para apreender armas, drogas, explosivos, aparelhos de comunicação móvel e cadastros de integrantes das facções.

Em todo o país, os alvos são integrantes das facções criminosas como o PCC, Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP), Amigo dos Amigos (Ada), Primeiro Comando de Vitória (PCV) e a paraibana Okaida RB. Não há informações se a facção Família do Norte (FDN) tem integrantes investigados, uma vez que essa organização criminosa criada há 11 anos no Amazonas, já se espalhou pelas unidades prisionais de vários estados do País e foi responsável pelo maior massacre de detentos na região norte.

Além de identificar integrantes de facções criminosas que agem com orientações de superiores, presos ou não, a operação também tem como objetivos combater as quadrilhas do tráfico nacional de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos.

Dez Grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECOs) do Ministério Público participam da operação.

Além das equipes do GNCOC, participam da operação 10 Grupos de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco´s) de estados onde são cumpridos os manados. O GNCOC foi criado em fevereiro de 2002, por iniciativa do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG), para combater o crime organizado em todo o país.

OPERAÇÕES

As outras operações realizadas recentemente no Estado aconteceram na segunda-feira, em uma ação conjunta entre as polícias civis e Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, que identificou uma família responsável pelo tráfico de armas da região de fronteira do Paraguai para o litoral brasileiro; a Operação Planum, de combate ao tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e aos crimes contra o sistema financeiro nacional, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás e as operações locais, a Computadores de Lama, sexta fase da Operação Lama Asfáltica, pela Polícia Federal e a Operação Convite, deflagradas na semana passada contra fraudes em concursos públicos no Estado.