Lula propõe debate com evangélicos e critica uso de religião nas eleições

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta-feira (26) quem transforma “religião em partido político” e enumerou medidas de seu governo voltadas aos evangélicos. Ele pediu diálogo com este público.

“É preciso que a gente desmistifique essa crítica que pessoas de má-fé, mentirosas, tentando transformar a religião em partido político, andam falando pelo Rio de Janeiro. Então, tenho todo interesse de vir e fazer um grande debate com evangélicos, e discutir não religião, mas o Brasil”, disse em encontro com o candidato ao governo do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSB).

Lula afirmou que, durante seu governo, foram criadas a Lei da Liberdade Religiosa, o Dia Nacional da Marcha para Jesus e o Dia Nacional do Evangélico.

“Eu não sou daqueles que misturam campanha política com religião. Acho que religião é uma coisa e política é outra. Mas nós precisamos esclarecer as pessoas de algumas coisas”, argumentou.

Durante sua fala, o petista voltou a dizer que irá recriar o Ministério da Cultura, caso eleito. Ele defendeu a descentralização das produções e a possibilidade de regiões afastadas do “eixo Rio-São Paulo” transmitirem suas obras.

Ao lado de Freixo e do candidato do PT ao Senado pelo Rio, André Ceciliano, o ex-presidente também falou da atuação das forças de segurança pública. Ele defendeu a presença do Estado nas comunidades.

“Se o Estado ocupasse o espaço da comunidade com coisas para fazer a sociedade se movimentar, certamente a polícia seria apenas mais um instrumento do Estado dentro daquela comunidade, e não seria um instrumento que só aparece na hora que tem que atirar em alguém, porque só é chamada quando tem algo acontecendo”, completou.

Debate

As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

Fonte: CNN Brasil