Mato Grosso do Sul pode perder o controle sobre o coronavírus e entrar em colapso entre junho e agosto, alertou o secretário de Estado de Saúde Geraldo Resende nesta quinta-feira (28). Estudo do Covid-19 Analytics, do qual participa a PUC-Rio, aponta que o Estado tem a 3ª maior taxa de contaminação do país: 3,18.
“Nosso Estado já não tem nem mais a menor incidência da doença no país, que está em Minas Gerais e Goiás. Agora, precisamos também melhorar a taxa de isolamento social, que sempre foi vexatória”, ponderou Resende. Principalmente na região de Dourados há registro de aumento de internações. Cerca de 60% delas são da região.
“Entre junho, julho e agosto nós podemos registrar colapso no sistema de saúde de Mato Grosso do Sul. Nós podemos não ter mais o controle sobre o coronavírus e ter esse colapso”, frisou.
“Nós precisamos neste momento, mais do que nunca, fazer com que as pessoas entendam que é preciso ter amor à sua vida e a vida do próximo, do seu familiar. Pessoas que testaram positivo estão andando pelo Estado”, criticou.
Secretária-adjunta de Saúde do Estado, Christinne Maymone informou que são 9.686 notificações, com 1.262 confirmações de Covid-19, 512 amostras em análise nos laboratórios, 475 casos em fechamento nos municípios, 7.437 casos descartados e 18 mortes.
Atualmente, Goiás tem a maior taxa de contaminação do país. Cada habitante diagnosticado com o novo coronavírus aparentou contaminar em média 5,63 pessoas durante o período de infecção. A curva do estado está em franca evolução. No último dia 8 (ou seja: há menos de três semanas) o R era de 1,19.
No Rio Grande do Norte, a ascensão também chama a atenção. Neste mesmo período, o índice subiu de 1,9 para 4,88. Em Mato Grosso do Sul, o índice saltou de 0,81 em 30 de abril para 4,93 em 15 de maio. Nos últimos dias, a taxa sofreu leve queda, mas se mantém como uma das mais altas do pais: 3,81. Isso significa que cada 100 contaminados no Estado podem transmitir o coronavírus para outras 381 pessoas.
Fonte: Midiamax