O número de vítimas dos dois fortes terremotos que atingiram na segunda-feira a Turquia e a Síria não para de aumentar e é já superior a 9.600. No terreno, as equipas de resgate lutam conta o tempo para encontrar sobreviventes entre os escombros.
O forte sismo abalou também a vizinha Síria, que registou pelo menos 1.280 vítimas, segundo os números divulgados pelo governo.
Entretanto, as equipas de resgate de ambos os países lutam contra o tempo para encontrar sobreviventes entre os escombros. Na terça-feira, o ministro turco do Interior alertava que as próximas 48 horas seriam “cruciais” para encontrar sobreviventes.
As operações de resgate estão a ser dificultadas pelas condições meteorológicas adversas, com as equipas a lutarem contra o frio, chuva e neve. Entre os escombros ouvem-se gritos de socorro e os familiares desesperam por ajuda.
“Eles estão a falar, mas não está aqui ninguém. Ninguém! Que raio de Estado é este? Estão vivos, mas não vem ninguém”, protestava um residente turco.
Em Gaziantepe, cidade turca próxima do epicentro, uma moradora já perdeu a esperança de encontrar a tia com vida, soterrada sob os escombros. “É tarde demais. Agora estamos à espera dos nossos familiares mortos”, disse a moradora, citada pela agência AFP.
A União Europeia (UE) mobilizou 1.185 equipas de resgate e 79 cães de busca para a Turquia de 19 Estados-membros, incluindo França, Alemanha e Grécia.
Um avião de transporte militar da Coreia do Sul partiu esta quarta-feira para a Turquia com 118 socorristas do exército, equipamento e material, avançou o Ministério da Defesa Nacional sul-coreano, num comunicado.
Também a Austrália anunciou o envio para a Turquia de mais de 70 especialistas para ajudar nas tarefas de busca e salvamento.Portugal também envia esta quarta-feira para a Turquia uma Força Operacional Conjunta ao abrigo do mecanismo europeu.
A equipa portuguesa, composta por operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), da GNR, do Regimento Sapadores Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica deve partir às 14h30 de Figo Maduro.
O terramoto de segunda-feira é o maior registado na Turquia desde o sismo de 17 de agosto de 1999, que causou a morte de 17 mil pessoas, incluindo mil em Istambul.