Foi dada a largada no ano legislativo em Dourados. Nesta noite (4) aconteceu a primeira sessão ordinária da Casa de Leis.
O encontro foi marcado por discursos ríspidos por alguns parlamentares da base independente, juramento da mais nova integrante da Casa, Mariniza Misogushi (PSB), falas de apoio ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, cuja oportunidade contou com a presença do presidente da Accgd (Associação de Combate ao Câncer na Grande Dourados) Hédio Fazan, e também pelo voto de acatamento das denúncias contra vereadores investigados.
A sessão também lançou a presidência de Alan Guedes (DEM) a frente da casa legislativa douradense até o ano de 2021.
O evento foi prestigiada por cerca de 150 pessoas teve início às 17:30, encerrando às 23h.
Os requerimentos dos parlamentares se concentraram em sua maioria na necessidade de ações da operação tapa-buracos em Dourados. Como resposta da administração, o líder da gestão garantiu que em 90 dias ocorrerá a resolução do problema.
Além disso, muito se lamentou o fato da inutilização do estádio Frédis Saldivar, o Douradão, que deverá ficar sem receber jogos do Campeonato Estadual por falta de licença obtida pelo Município junto ao Corpo de Bombeiros.
Algo muito presente neste encontro foi o esclarecimento, com tom de lamentações, sobre a percepção da atuação dos parlamentares por parte da população.
Vereadores como Daniela Hall (PSD) e Lia Nogueira (PR) afirmaram estar sendo hostilizadas no cenário público sobre a eficiência do parlamento douradense.
Ambas as vereadoras disseram ter assumido uma postura mais ativa nas redes sociais como forma de mostrar “que vereador trabalha”.
PEDIDO DE CASSAÇÃO
Foi analisada também quatro denúncias protocoladas pelo empresário Racib Rarb contra os vereadores envolvidos em operações policiais no final do ano passado.
São eles: Pedro Pepa (DEM), Cirilo Ramão (MDB), Idenor Machado (PSDB), envolvidos na operação Cifra Negra, e Denize Portolan (PR), suspeita de participação em esquema de fraudes na Prefeitura Municipal quando ainda era secretária municipal de educação, investigado na Operação Pregão.
As denúncias protocoladas de forma individual pede a cassação dos parlamentares descritos.
Na primeira análise, foi aceita por 15 votos a aceitação da denúncia em desfavor de Idenor Machado. Toninho Cruz e Marinisa Mizoguchi não puderam votar por fazem a linha sucessória de suplência.
A comissão processante, responsável pelo andamento das investigações, será composta por Jânio Miguel (presidente), Cido Medeiros (membro) e Júnior Rodrigues (relator).
Em segundo momento foi feita a análise do pedido de denúncia contra Pedro Pepa.
Novamente, por 15 votos foi aprovada. A comissão processante ficou definida por Jânio Miguel (relator), Carlito do Gás (presidente) e Olavo Sul (membro).
Em seguida foi a vez da denúncia contra Cirilo Ramão. Na análise Marcelo Mourão não pôde votar por ser suplente sucessor. Por 16 votos a denúncia foi acatada.
A comissão responsável foi composta por Bebeto (presidente), Silas Zanata (membro) e Júnior Rodrigues (relator).
Por fim foi acatado por 16 votos o pedido de investigação de Denize Portolan.
Desta vez Lia Nogueira foi impedida de votar por ser suplente da referida vereadora.
A comissão processante ficou definida entre Bebeto, Romualdo Ramim e Maurício Lemes.
O denunciante, Racib Rarb, se disse satisfeito com as comissões em caráter de “expectativa”.
“É a oportunidade que eles têm para se redimir”, disse fazendo referência aos vereadores que formavam a chapa de Pepa e Cirilo na disputa para a Mesa Diretora.
Foi definida ainda nesta noite os nomes que vão compor as comissões de atuação segmentada da Casa de Leis.
Para o presidente da Casa, Alan Guedes (DEM), o encontro foi produtivo e por se tratar da primeira sessão ordinária se mostrou bastante exaustiva no que se relaciona ao horário.
Foi ocupado todo tempo permitido pelo regimento, que é de 5h30 de duração.