Pedro, o conciliador

Nascido e criado na cidade de Dourados, Pedro de Lima Cordeiro é o que se pode chamar de homem de família. Casado há 38 anos e pai de três filhos, seu relacionamento mais longo, no entanto, é com o Judiciário. Já faz 40 anos que Pedro exerce a função de oficial de justiça na sua cidade.

Ele nasceu em 1960, mas ainda aos 5 anos de idade perdeu os pais e foi acolhido pelos avós maternos, junto aos dois irmãos. Sendo de família simples, Pedro começou a trabalhar desde cedo para ajudar em casa. “Passei a colher e vender guavira, vender sorvetes e salgados na rua, engraxar sapatos e fazer faxina em bordel”, recorda, sem lamentação.

Pedro conta ainda que ouvia o palavreado dos profissionais de Direito e via suas vestes bonitas, admirado com todo o garbo e elegância, e isso tudo o inspirava a um dia também trabalhar para a Justiça. Graças a sua determinação e dedicação aos estudos, tal sonho se realizou com apenas 19 anos, quando ingressou no Poder Judiciário Estadual por contrato de trabalho. No ano seguinte, o jovem servidor prestou o concurso público e passou em 3º lugar, assumindo uma vaga de oficial de justiça.

“Após alguns anos, me inscrevi no curso de avaliador judicial e passei a fazer avaliações. Também desenvolvi trabalhos eleitorais quando era solicitado. Mas nunca deixei de ser oficial de justiça”, relata.

Paralelamente aos trabalhos na Justiça, Pedro desenvolveu serviços sociais em movimentos jovens da igreja católica. Foi em uma dessas atividades que o rapaz conheceu sua esposa, com quem se casou em 1983, aos 22 anos. Logo em seguida veio a primeira filha, Karyna, coroando o início da família. Após um intervalo de quatro anos, o casal teve o segundo filho, Pedro Júnior. Três anos se passaram e a família ficou completa com o nascimento da caçula, Kamyla.

Homem dedicado tanto à família quanto ao trabalho, Pedro narra que seu maior desafio na carreira jurídica era conciliar a hora do almoço com os compromissos profissionais, uma vez que sempre fez questão de fazer a refeição com os filhos e a mulher, todos reunidos à mesa.

“Os momentos que mais me afetavam foram as gestações de minha esposa, pois eram sempre com problemas médicos, então eu precisava tomar conta dela, dos meus filhos, e ainda realizar meu trabalho sem prejudicar ninguém”.

Para o servidor público, foi justamente seu trabalho que permitiu a realização do sonho de ter uma família. “Trabalhar no Judiciário me proporcionou ser um cidadão responsável, conhecido, inserido na sociedade. Graças ao meu trabalho, consegui constituir uma família e tive condições de sustentá-la”, celebra Lima.

Sobre o que guarda desses 40 anos como oficial de justiça, Pedro garante que são boas lembranças e a sensação prestigiosa de realização. “O melhor momento do meu dia é quando me deito sabendo que todos meus deveres foram cumpridos, tanto no trabalho, quanto com minha família. Estou em paz comigo mesmo, pois alcancei meu objetivo tanto como homem, quanto como ser humano, como pai de família”, conclui.

Autor da notícia: Secretaria de Comunicação – imprensa@tjms.jus.br