Entre os meses de janeiro e agosto deste ano, as polícias de Mato Grosso do Sul já tiraram de circulação 529,7 toneladas de drogas. Um aumento de 5% nas apreensões feitas no Estado, em comparação com o mesmo período de 2020, quando foram interceptadas no estado 505,7 toneladas de entorpecentes.
As maiores apreensões foram realizadas no interior do Estado, na região de fronteira, onde as forças de segurança estaduais tiraram de circulação 495,7 toneladas de drogas. Em Campo Grande foram apreendidas nos últimos 8 meses, 33,9 toneladas de entorpecentes.
Enquanto no interior houve aumento de 7% nas apreensões de drogas, na Capital foi registrada uma queda de -23% nas apreensões. Para o titular da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), delegado Gustavo Ferraris, a redução das apreensões em Campo Grande se deve principalmente ao aumento do policiamento na região de fronteira.
“Esse decréscimo em Campo Grande é por conta das grandes apreensões que estão sendo realizadas na fronteira do Estado com o Paraguai e a Bolívia. Observamos que a Defron aumentou substancialmente o número de apreensões. Então, as grandes apreensões que aconteceram ano passado aqui em Campo Grande, com o aumento do policiamento na região de fronteira, com a Operação Hórus, esse ano a droga está “caindo” antes de chegar aqui”, explica.
Líder de apreensões
Dos estados brasileiros, Mato Grosso do Sul é o que mais apreende entorpecentes, aumentando a cada ano o percentual de drogas que são interceptadas por aqui, antes de chegarem no destino final, que são os grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo e até mesmo outros países.
“Mato Grosso do Sul colabora não só com a sua população, mas também com a de outros estados e países, que seriam destino de todo o produto ilícito apreendido”, afirma o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira.
Para o diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), coronel Wagner Ferreira da Silva, com o objetivo de evitar as interceptações das cargas de entorpecentes e prejuízos, os criminosos têm se movimentado para alterar as rotas e os métodos para tentar introduzir drogas no Brasil. “Mas a política estadual de enfrentamento às organizações criminosas, com investimentos em inteligência, com foco na integração dos órgãos e na maciça presença policial na fronteira, vem servindo como forte barreira ao tráfico”, frisa.
“Com o aumento do policiamento nas rotas do crime transfronteiriço, como o que vemos na Operação Hórus, e a credibilidade dos órgãos de segurança perante a sociedade, fazem com que tenhamos crescimento constante das apreensões de drogas no Estado”, acredita o comandante do Batalhão da Polícia Militar Rodoviária, coronel Wilmar Fernandes.
Tipos de drogas
Das drogas tiradas de circulação pelas polícias estaduais, a maioria (516,5 toneladas), é de maconha. Em segundo lugar no número de apreensões aparecem as drogas sintéticas como LSD, ecstasy, GHB, entre outras, com 5,2 toneladas apreendidas, seguidos de cocaína, com 3,4 toneladas e crack, com 3,1 toneladas.
Das 125.413 ocorrências policiais registradas em Mato Grosso do Sul de janeiro a agosto deste ano, 3.124 foram por tráfico de drogas, sendo 2.342 delas no interior. O aumento é de 2% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a soma das ocorrências de tráfico de drogas foi de 3.068.
Joelma Belchior, Sejusp
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