O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande, decidiu que Gilson Ferreira da Silva, preso desde dezembro do ano passado por jogar gasolina e atear fogo na mulher, vai a júri popular por tentativa de homicídio qualificado contra Adriele de Fátima Soares Silva.
Crime aconteceu na madrugada do dia 10 de dezembro de 2017. Em depoimento, Adriele contou que teve uma briga com o companheiro e por isso foi dormir.
Horas depois ela acordou com um “líquido pelo corpo” e assim que tentou levantar viu o suspeito atear fogo nela. Desesperada, ela correu pela rua, em chamas, e foi socorrida por um vizinho. A vítima passou 57 dias internada na Santa Casa.
Em depoimento durante as audiências, ela afirmou que o marido tentou impedir que ela saísse de casa atrás de ajuda e lembrou também do comportamento ciumento e possessivo de Gilson, que chegava a mandar que ela usasse as roupas dele, já que as dela “eram muito curtas”.
Já preso, Gilson afirmou durante uma coletiva de imprensa que cometeu o crime em meio a um “surto”, pois estava “bêbado e drogado”.
Ele afirmou que se arrependeu no mesmo momento em que ateou fogo na companheira e tentou ajudar. “Apaguei o fogo dela, estava desesperado, não sei o que aconteceu”, afirmou em entrevista na época.
Para a polícia, ele detalhou que era jardineiro e que por isso tinha o combustível que era usado para na máquina de cortar grama em casa.
Na decisão, o juiz afirmou que Gilson deve ser mandado a júri e determinou ainda que seja julgado por tentativa de homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, feminicídio e violência doméstica.
A data do julgamento ainda não foi definida.
Fonte Geisy Garnes