Presos em operação negam crime mesmo com drogas e dinheiro apreendidos em residência

O casal preso nesta terça-feira (4) durante a deflagração da operação Nada Consta feita pela Defurv (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) negou os crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e corrupção de menores mesmo com a polícia apreendendo na casa dos autores dinheiro, maconha, e motocicletas que haviam sido furtadas.

Em depoimento, eles disseram que estavam desempregados por causa da pandemia e que viviam de bicos. O servente que é cunhado de um dos adolescentes apreendidos durante o cumprimento de mandados de prisão afirmou que não sabia que o garoto vendia drogas, que apenas, tinha conhecimento que ele era usuário.

Embaixo da cama do garoto, a polícia encontrou um tijolo de maconha que ele disse ter comprado de um desconhecido pelo Facebook pelo valor de R$ 250 e que iria fracionar a drogas e revender por R$ 400. Ainda foram apreendidos filmes plásticos para embalar a maconha e balança de precisão.

Já no quarto do servente de pedreiro, foram encontradas cédulas de dinheiro, um total de R$ 310, que ele disse ser troco guardado. Três televisões foram apreendidas e uma mesa de sinuca, além de duas motocicletas e um carro.

Operação

Foram seis meses de investigações, e a polícia descobriu que os criminosos teriam lucrado com a venda das motocicletas aproximadamente R$ 48 mil, já que cada veículo era vendido nas redes sociais pelo valor de R$ 1.200. O valor de cada motocicleta seria em torno de R$ 3 mil no mercado formal, o que causou um prejuízo aproximado de R$ 120 mil.

Foram dois mandados de prisão cumpridos, sendo que a terceira pessoa presa – uma mulher- acabou levada para a delegacia pelo crime de associação criminosa. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Dois adolescentes que estavam na casa dos alvos acabaram apreendidos depois de confessarem que vendiam drogas para o trio, que foi encontrado no Jardim Aeroporto. Outros três mandados de busca e apreensão foram cumpridos. As investigações tiveram início depois de mais de 40 furtos de motocicletas na região central de Campo Grande. Os criminosos furtavam os veículos e depois anunciavam em redes sociais, como Facebook como motocicletas Bob. O termo é usado para veículos, que possuem documentação irregular e que não podem ser regularizados.