Implicado pela PF (Polícia Federal) na Operação Nota Zero, o diretor-geral de Infraestrutura, Administração e Apoio Escolar da SED-MS (Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul), Paulo Henrique Malacrida, recebeu proventos de mais de R$ 132 mil somente no mês de fevereiro deste ano, por uma ‘nomeação errada’ durante quatro anos e que teria sido corrigida pelo Governo do Estado.
Segundo informado pela Sugesp (Superintendência de Gestão de Pessoas) da SED, a justificativa para o supersalário concedido no mês de fevereiro foi a nomeação equivocada de Malacrida que teria ficado por quatro anos trabalhando como DGA-01 e recebendo em desconformidade com o cargo.
Conforme o Portal da Transparência do Governo do Estado, o servidor recebia salário de R$ 10.413,43 mais remuneração eventual de R$ 4.881,29 pelo cargo de assessor.
Com a troca de DGA por DCA neste ano, ele recebeu a diferença relativa aos quatro anos anteriores. Por isso, no segundo mês de 2019 seu salário de DCA-0 correspondente a R$ 25.029,84 foi acrescido de remuneração eventual no valor de R$ 132.910,24.
No mês seguinte, apesar de não nenhum valor eventual, o salário acompanhou reajuste do primeiro escalão passando ao valor de R$ 28.033,42.
Oriundo da mesma cidade do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e do secretário-adjunto da SED, Édio Antonio Resende de Castro, Malacrida faria parte de suposto ‘núcleo de Maracaju’ e era responsável pelo ordenamento de despesas da educação.
Ele aparece inclusive em várias matérias no site da secretaria, reunido com lideranças do interior do Estado comemorando a realização de obras.
Ele figura ainda como sócio da empresa M & I Engenharia E Construcoes (M & I Engenharia E Construcoes Ltda), também com sede em Maracaju.