As vendas do comércio varejista brasileiro caíram 0,6% em maio na comparação com o mês imediatamente anterior, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a primeira queda do ano. Como o comparativo é com ajuste sazonal, praticamente descontou o avanço de 0,7% registrado no mês anterior.
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 2,7% em relação a maio de 2017. Foi a 14ª taxa positiva seguida. Assim, o varejo acumulou alta de 3,2% no ano. O acumulado nos últimos 12 meses cresceu 3,7%, mantendo-se estável em relação a abril (3,7%) e prosseguindo em trajetória ascendente iniciada em outubro de 2016 (-6,8%).
De acordo com a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes, a queda no mês de maio tem relação direta com a greve dos caminhoneiros, que durou 11 dias nas últimas semanas daquele mês. Todas as atividades do comércio tiveram perdas em maio, à exceção de hipermercados e supermercados.
“Não significa dizer que não houve impacto no abastecimento dos supermercados. Mas esse impacto foi maior no estoque dos hortifrutigranjeiros. Os estoques de não perecíveis são maiores”, apontou.
Dados do varejo em maio:
- Taxa no mês: – 0,6%
- Acumulado do ano: 3,2%
- Acumulado em 12 meses: 3,7%
- Em relação a maio de 2017: 2,7%
Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o recuo foi de 4,9% – pior resultado para um mês de maio desde o início da série histórica, em 2004 -, interrompendo sequência de quatro meses seguidos de crescimento, com Veículos e motos, partes e peças recuando 14,6%, enquanto Material de construção caiu 4,3%, também como reflexo da greve dos caminhoneiros.
Isabella disse que a paralisação dos caminhoneiros pode ter impactado, também, as vendas do comércio em junho.
Fonte: G1