O PM reformado José Roberto de Souza, que atirou no empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, que veio a óbito, era cobrado por dívida de R$ 630. “Meu pai não reagiu e estava sentado na cadeira quando foi assassinado”, disse o filho de Caetano.
O policial entrou para a reserva em 2015, segundo a assessoria de comunicação da PM. O filho de Caetano contou ao Jornal Midiamax, que acredita que o crime tenha sido premeditado.
Segundo o filho do empresário, o policial trocou o motor da camionete no fim do ano passado, mas deu problemas e o militar reformado reclamou, sendo que voltou a empresa para refazer o serviço, mas ocorreu a demora já que era fim de ano e a empresa entrou em recesso, e neste período o policial acabou entrando com uma ação no Procon.
Mas, o serviço foi refeito e Caetano havia pedido para que o policial retirasse a queixa no Procon já que tudo havia sido resolvido.
Nesta segunda (13), quando o empresário estava na sala de conciliação, o policial reformado teria sido cobrado desse saldo devedor de R$ 630 quando o militar teria dito, “vou pagar”. Em seguida, José levantou e sem dizer mais nada atirou três vezes contra o empresário que morreu no local.
“Meu pai nunca teve problemas com clientes, nunca havia tido qualquer reclamação no Procon nestes 50 anos de atuação no mercado”, disse o filho de Caetano ainda muito abalado com o assassinato.
O crime
Informações são de que houve uma primeira audiência na sexta-feira (10), quando a conversa ocorreu de forma ‘normal’. Teria ficado acordado então para resolver a dívida de R$ 630. O devedor teria assinado o compromisso de devolver o valor referente a um carro nesta manhã, em audiência marcada para às 8h30.
O fornecedor já estava dentro da sala, que fica no térreo, quando o cliente chegou e disparou contra ele. Apesar de testemunhas relatarem terem ouvido três tiros, a vítima teria sido atingida por dois, um na cabeça e outro no tórax. O autor fugiu logo em seguida.
Uma funcionária, de 45 anos, relatou o momento de desespero. Segundo ela, na hora havia muitos clientes e servidores no local. “Foi tudo muito rápido. Escutei uns três ou quatro disparos. Começamos a entrar debaixo das mesas. Foi desesperador. O nosso medo era de ele sair atirando em todo mundo”, relatou.
Ainda segundo ela, apesar da sala ser aos fundos de onde ocorreu o crime, não viu a hora que o atirador saiu e passou por ela.
Falhas na segurança serão apuradas
Falhas de segurança no Procon, em Campo Grande, deverão ser apuradas após o assassinato do empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, segundo Patrícia Cozolino, Secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos. O empresário foi morto com três tiros na cabeça.
Segundo Patrícia, a secretária executiva de Brasília do Procon deve vir para Campo Grande para apurar possíveis falhas ocorridas nesta manhã. No momento do crime haviam no local, quatro seguranças patrimoniais.
Ainda segundo a secretária, a triagem será reforçada e será estudado se existe a necessidade de instalação de detector de metais na entrada. De acordo com Patrícia, o autor entrou na sala de audiência nesta segunda (13) para buscar um documento que havia esquecido na última sexta-feira (10), após não ter êxito na audiência.
Fonte: Midiamax