A Justiça Paraguaia, com o aval de autoridades sanitárias autorizou na noite de terça-feira (12) a entrada de 16 pessoas que estavam barradas em Ponta Porã, do lado brasileiro e tentavam passar para Pedro Juan Caballero. Entre eles está um homem que se acorrentou em um poste e que só libertou depois do exame para a Covid-19 dar negativo.
Entretanto, eles terão que cumprir quarenta obrigatória em um dos 11 hotéis que foram transformados em abrigo sanitário. A informação do consulado paraguaio em PontaPorã é que eles serão levados para a cidade de Concepción, onde também está o prefeito de Pedro Juan Caballero.
As autoridades paraguaias tem intensificado as barreiras sanitárias, principalmente na fronteira com o Brasil. Nos dois últimos dias uma estudante brasileira que tentava voltar para Assunção e três chineses que moram em Ponta Porã foram expulsos do País.
Acorrentado
O caso de Élvio Florenciano, de 58 anos, que estava acorrentado em um poste de iluminação na Linha Internacional entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero evidenciou ainda mais o rigor das barreiras sanitárias. Florenciano protestou contra a demora das autoridades paraguaias em autorizar o retorno dele para o Paraguai.
Ele contou que estava trabalhando no Brasil e quando tentou voltar para casa via Mato Grosso do Sul, quando foi barrado e que já esta há 18 dias aguardando autorização.Com a ajuda da Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Porã e do vereador Marcelino Nunes (PDT), o paraguaio conseguiu fazer um exame, que deu negativo.
Mesmo assim, ele ainda teve que esperar algumas horas para receber a autorização da Justiça Paraguai e ainda terá que ser submetido a um isolamento sanitário.