Nem mesmo a família de Luís Alberto Bastos Barbosa quer vê-lo fora da cadeia, é o que diz a defesa do acusado de assassinar a musicista Mayara Amaral há um ano.
De acordo com o advogado do baterista, Conrado Passos, o pai, mãe e o irmão do réu querem que ele pague pelo crime preso.
“A família não quer que ele seja solto e pediu para que eu não fizesse pedido de liberdade.
Eles ficaram bem tristes com tudo o que aconteceu e se preocupam com a família da vítima. Querem que a Justiça seja feita e que ele responda pelo crime preso”, explica o defensor
Na visão do advogado, o justo seria Luís responder por homicídio simples, sem as agravantes apontadas pelo Ministério Público como feminicídio e utilização de meio que impossibilitou a defesa da vítima.
“Justiça é ele responder por homicídio simples que na minha visão foi o que ele cometeu”, disse.
Na tarde desta segunda-feira (30) aconteceu a segunda audiência do caso na Justiça. Dois policiais civis e a camareira do motel em que Mayara foi morta foram ouvidos como testemunhas de acusação e a mãe, a namorada e um amigo do baterista prestaram depoimento de defesa.
Em depoimento a camareira confirmou que Luis mentiu ao sair do motel. Segundo ela, ao entrar no quarto para conferência, viu gotas de sangue no chão e questionou o rapaz. “Perguntei onde estava a moça e o que era aquele sangue. Ele me disse que o pai havia a buscado porque ela teve uma hemorragia”, revelou.
A trabalhadora só ficou sabendo do crime que havia acontecido no dia depois de ser procurada pela polícia. Já os policiais, pontuaram pontuaram os trabalhos de investigação desde quando o corpo da musicista foi encontrado até a prisão do autor.
Caso
Mayara foi morta a marteladas no dia 25 de julho em Campo Grande, segundo um dos suspeitos, também foi esganada. Luís Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos; Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos, e Anderson Sanches Pereira, 31 anos, foram presos em flagrante pelo crime no dia 26 de julho. Mas, após as investigações, foi concluído que Luis agiu sozinho, roubando R$ 17,3 mil em bens da vítima.
A defesa de Luís teve como estratégia “culpar as drogas” pelo crime. Foi pedido à Justiça que o músico passasse por avaliação de sanidade mental por acreditar que o baterista teria cometido o crime “motivado por um distúrbio muito além de sua vontade”.
Mas, em despacho feito pelo juiz, consta que o Luís não teria afirmado ser total parcialmente incapaz de entender o caráter do ilícito cometido por ele. Ainda segundo o documento, durante o depoimento o acusado teria se mostrado consciente das acusações contra ele, dando detalhes do que tinha acontecido no dia do crime.
Fonte: Clayton Neves