Campo-grandense de nascença, Renato Karim Safatli sempre aspirou conhecer o mundo! Apaixonado desde jovem por livros de história e seus relatos sobre diferentes povos e culturas, o rapaz sonhador viu a oportunidade de realizar seus desejos trabalhando no Poder Judiciário. De seu ingresso na carreira até hoje foram 38 anos de serviço público e de vários carimbos no passaporte.
Nascido no ano de 1962, quando contava com 20 anos de idade, Renato soube por uma amiga que o TJMS havia aberto concurso. “Eu trabalhava como bancário, mas decidi prestar o concurso. Naquele tempo, o Tribunal era o órgão estadual que melhor remunerava. Então estudei, me dediquei e fui aprovado. Tomei posse no dia 26 de julho de 1983, com lotação na Corregedoria”, conta com orgulho.
Desde esse dia, Renato trabalhou em diversos setores e viu as transformações significativas pelas quais o Judiciário passou. “Quando eu entrei, nós trabalhávamos com máquina de datilografia. Depois passamos para a informatização em termos, com um computador que servia apenas para armazenar dados, com um programa bem simples. Quando veio a digitalização propriamente dita, foi uma transformação muito marcante. Trouxe uma economia de tempo imensa. O malote, por exemplo, que demorava dias para chegar na outra comarca, agora com uns cliques já está feito”.
Com a vida profissional bem alicerçada, Renato casou-se e teve uma filha, hoje com 24 anos e cursando medicina. A ‘vida adulta’, porém, não fez se perder aquele jovem do começo desta história, o rapaz sonhador que desejava explorar o mundo.
“A segurança e estabilidade que o TJ me proporcionou, permitiu que eu me programasse para conseguir concretizar os sonhos de viajar, conhecer vários povos e várias culturas. Assim, o primeiro destino internacional foi a vizinha Argentina. Fomos em 2003, eu e minha esposa. Ela queria muito conhecer os vinhedos. Então fomos para lá para comemorarmos 1 ano de união”.
Posteriormente o casal conheceu outros países da América do Sul, alguns da Europa e Oriente Médio, bem como Estados Unidos. Mais tarde, em uma viagem que juntou a família inteira, foram para o Líbano, Turquia e Estados Unidos, comemorar os 60 anos de casados dos pais de Renato. “Em 2018 foi minha última viagem, para a Espanha, e por enquanto não tenho outra programada, embora queira muito conhecer a Itália ainda. Vamos ver!”.
Renato faz questão de enfatizar que apenas conseguiu realizar o sonho de juventude graças a planejamento e organização, além de algumas renúncias. “Não podemos ter tudo o que queremos ao mesmo tempo. Então, muitas vezes, tive de escolher entre trocar o carro ou economizar para viajar. Acabava por ficar com a 2ª opção quase sempre. Mesmo porque, para mim, viajar não é um gasto, mas um tipo de investimento, uma forma de investir em você mesmo”, compartilha.
Questionado acerca do porquê continua trabalhando no lugar de viver apenas o sonho de viajar, Renato deixa claro o prazer que sente no serviço. “Não sei explicar ao certo, mas parece que quando a gente entra no TJ é contaminado e passa a amar a instituição. Eu estou no abono de permanência, mas peguei tanto amor no que faço que não quero parar. Hoje eu não consigo me ver sem ir trabalhar”.
O amor pela vida e pelo trabalho concedem a Renato um ar jovial que transcende a aparência de homem quase sexagenário. “Há alguns dias estava procurando o departamento de informática e vi um jovem no corredor para quem resolvi pedir informação. Antes de me dizer onde era, ele me perguntou se eu era novo no TJ. Eu quis rir, mas disfarcei e disse que sim. Aí eu perguntei a ele se também era novo, mas ele disse que não, que já tinha 10 anos de serviço no Judiciário”, conta rindo da situação.
O servidor de longa data externa seu desejo de que os colegas mais novos se orgulhem de trabalhar na instituição. “90% dos servidores do Judiciário são de bons para ótimos profissionais. É um pessoal diferenciado, extremamente dedicado e competente. Então, precisam aproveitar as oportunidades que o Tribunal tem oferecido na qualificação profissional, na melhoria das condições de trabalho. Dei o meu melhor e, em troca, aprendi bastante. Entrar no TJMS foi uma escolha e uma escola”, conclui totalmente sem arrependimentos.
Autor da notícia: Secretaria de Comunicação – imprensa@tjms.jus.br