A representante da Articulação Nacional de Aids, Cláudia Velasquez, afirmou que é preciso banir do atendimento às pessoas com HIV a discriminação, promovendo ferramentas de prevenção e garantindo o acesso aos serviços de saúde para essas pessoas que se encontram muitas vezes em situação de grande vulnerabilidade social.
Já o presidente do Fórum de ONGs Aids de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, pediu ajuda aos parlamentares para que haja a incorporação de novos medicamentos e para que a política nacional de redução de danos seja fortalecida.
“Temos vários desafios, falta vontade política e responsabilidade para a gente poder vencer esses desafios e poder avançar no enfrentamento à epidemia de aids”, reclamou.
O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) alertou para o que chamou de desmonte da estrutura de HIV/aids dentro do Ministério da Saúde. Para ele, que foi ministro da pasta, o conhecimento desenvolvido pelo Brasil no enfrentamento a essa epidemia não pode ser perdido por falta de investimentos na manutenção do programa.
“Todo mundo está falando de PCR por conta da Covid-19. Esse tipo de exame, essa técnica de biologia molecular passou a ser uma coisa corriqueira a partir do enfrentamento da aids. O enfrentamento dessa epidemia nos trouxe muitos ensinamentos, é muito importante que a gente os retome para enfrentar os desafios de hoje, os desafios atuais”, falou.
Atualmente no Brasil existem 920 mil pessoas vivendo com HIV. Desse total, 89% já foram diagnosticadas e 77% fazem o tratamento com remédios antivirais. Das que estão em tratamento, 94% não transmitem mais a doença por estarem com a carga viral baixa. Mesmo assim, em 2019 o Brasil ainda apresentava uma taxa de 4,1 mortes por 100 mil habitantes em decorrência da doença.
Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Ana Chalub
Fonte: Agência Câmara de Notícias










