A funcionária pública Maria Izabel Gersei Torres, 56 anos, diz que foi agredida por um segurança após a porta giratória de uma agência bancária travar. O episódio aconteceu nesta Quarta (5), na Caixa Econômica Federal em Campo Grande.
Por causa das agressões, Maria Izabel teve o braço direito deslocado e está internada na Santa Casa desde ontem com suspeita de lesão na coluna. A cliente relata que ao tentar entrar na agência, a porta giratória travou pois o casaco que vestia tinha botões de metal. “Eu ainda questionei o segurança, se era necessário tirar a roupa para entrar. Porém, ele ignorou a situação e pediu que retirasse os pertences da bolsa”, conta.
A funcionária pública, então, jogou os objetos no chão e ao se ajoelhar para recolher, segundo relatos dela, foi provocada pelo segurança. “Ele disse: é isso mesmo”, em tom de deboche”, relata. Depois do transtorno, Maria Izabel entrou no banco e fez tudo o que precisava. Sacou dinheiro, pagou contas e na hora de ir embora, afirma, foi novamente provocada.
“O mesmo vigia travou a porta giratória de propósito, foi quando perguntei se ele queria que eu tirasse a roupa. Ele me mandou tomar naquele lugar. Eu respondi, vai você seu filho da p…”. Maria Izabel diz que ficou revoltada com a situação e resolveu voltar para reclamar com o gerente. Mas acabou aguarrada pelo pescoço e agredida pelo segurança com socos no peito.
Algumas mulheres, segundo a vítima, tentaram a ajudar. Ainda conforme relatos da funcionária pública, o segurança por duas vezes tentou sacar a arma para intimidá-la. “Fiquei muito nervosa, passei mal e desmaiei. O gerente me levou para dentro da agência e acionou o socorro. Fiquei mais de uma hora no local esperando ajuda médica. Só pedia para chamar meu filho”, lamenta.
Maria Izabel foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) à Santa Casa, onde continua internada. Ela pretende registar boletim de ocorrência assim que receber alta. “Nunca passei por tanto constrangimento. Nunca imaginei ser agredida dentro de uma agência bancária”, desabafa.
O outro lado – Em resposta, a empresa Rondai Segurança, prestadora de serviço para a Caixa Econômica Federal, lamenta o ocorrido e alega que não houve agressão. “Ele fez o que um vigilante deve fazer. Afinal é uma agência bancária e o profissional deve seguir procedimentos”, explica o diretor da Rondai, Anderson Lauro Soares de Oliveira. Ele afirma que as imagens de segurança mostram, claramente, que o segurança não agrediu a cliente.
Fonte: Viviane Oliveira