PF faz operação no DF contra advogado e desembargador suspeitos de vender sentenças a traficantes

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (14/3), a Operação Habeas Pater, para combater crimes de corrupção ativa e passiva. A PF faz buscas em um escritório de advocacia na Asa Norte, área nobre de Brasília.

Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar o suposto envolvimento de um desembargador federal e seu filho, advogado, suspeitos de terem ligação com investigados da Operação Flight Level II, também deflagrada nesta terça pela Polícia Federal.

Trata-se do advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro, filho do desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Eles são suspeitos de vender sentenças para traficantes. Caso pai e filho venham a responder pelos crimes, poderão ser condenados a até 12 anos de prisão.

Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Brasília; sete em Belo Horizonte, capital mineira; e um em São Luís, no Maranhão.

Operação Flight Level II

Também nesta terça, a PF deflagrou outra operação que investiga crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações apontaram que os envolvidos na primeira fase da operação seriam uma “célula” de uma organização criminosa maior voltada ao tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.

Foram identificadas aquisições de imóveis, veículos de luxo, joias e criptoativos, sem que os rendimentos declarados fossem suficientes para justificar o acréscimo patrimonial no período.

Estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e região metropolitana, e nas cidades de São Paulo e Florianópolis, além de cinco mandados de prisão preventiva; cinco de temporária; 17 mandados de sequestro de veículos e de sete imóveis, bem como o bloqueio de contas bancárias e criptoativos de 34 pessoas físicas e jurídicas.

Participam do cumprimento dos mandados 120 policiais federais e 12 integrantes da Receita Federal. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que, somadas, podem chegar a 38 anos de reclusão.

Fonte: Metrópoles