Moradores de Corumbá, a 415 km de Campo Grande, amanheceram sem correspondência nesta terça-feira (30). Os carteiros alegam falta de condições de trabalho, algo que eles teriam feito sucessivas reclamações e, por isto, optaram pela greve indeterminada durante assembleia.
Conforme a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios e Telégrafos (Sintect-MS), Elaine Regina Oliveira, ao menos 95% da categoria aderiu ao movimento. Ao todo, a cidade possui 37 trabalhadores e todos criticam o método implantado recentemente, chamado de Distribuição Domiciliar Alternada (DDA).
Neste caso, os carteiros explicam que, cada um fica responsável por duas regiões da cidade, atendendo cada dia a uma delas. No caso de chuva, por exemplo, eles precisam aguardar o outro dia para entregar as correspondências, acumulando ainda mais o serviço. Outro problema alegado pela categoria é que a cidade é mau planejada e possui inúmeras confusões na numeração.
Todos os problemas, ainda conforme a categoria, teriam sido discutidos nos dias 2, 19 e 22 de outubro.
Em nota, os Correios informam:
Os quatro furgões utilizados nas entregas estão todos operando, assim como as motos. Estão em manutenção apenas as motos-reserva, que representam 10% da frota total de motocicletas e são usadas em substituição em caso de alguma moto-titular necessitar de manutenção.
Trabalham em Corumbá 37 empregados, sendo 10 na agência e 27 no Centro de Distribuição Domiciliária de Corumbá. Do efetivo total do Centro de Distribuição, 21 carteiros aderiram ao movimento paredista. A previsão é de que as atividades retornem ao normal ainda no dia de hoje. O atendimento ao público na agência de Corumbá não foi afetado.
A orientação é que a população aguarde o dia de hoje. Serão realizadas ainda nesta semana ações para normalização da entregas desta semana.
Categoria diz que 95% dos carteiros de município de MS aderiu ao movimento — Foto: Carla Salentim/TV Morena