“Blusinhas”: compras internacionais caem, mas arrecadação bate recorde

A Receita Federal informou, nesta quarta-feira (29/1), que o número de compras internacionais recuou 11% em 2024, frente a 2023. Embora a quantidade tenha caído, a arrecadação do imposto de importação, a “taxa das blusinhas”, registrou recorde histórico, de quase R$ 2,8 bilhões.

Segundo a Receita, “o aumento da arrecadação vai ao encontro da criação do Programa Remessa Conforme e o estabelecimento, pelo Congresso Nacional, da tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação”.


Entenda a “taxa das blusinhas”

  • Em 2024, o Ministério da Fazenda lançou o programa Remessa Conforme, em que as empresas de comércio eletrônico tinham isenção do imposto de importação nas remessas de pequeno valor – aquelas até US$ 50.
  • Mas após uma série de reclamações do varejo nacional, que se queixou da competitividade, a retomada da taxação foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
  • A aplicação do imposto federal de 20% nas compras de até US$ 50 em plataformas on-line foi retomada no início de agosto, após ter passado cerca sem ser cobrado a remessas de pequeno valor.
  • Desde 1º de agosto, os produtos internacionais de até US$ 50 são taxados em 20%.
  • Além dessa taxação padrão, é cobrado o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), definido pelos estados.
  • No fim do ano passado, o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) decidiu aumentar o ICMS das remessas internacionais de 17% para 20%. A medida valerá a partir de abril de 2025.

Em 2024, foram importados 187,1 milhões de produtos — um decréscimo de 11% em relação a 2023, quando os brasileiros compraram cerca de 209,6 milhões de mercadorias importadas.

“A importação por meio do Programa Remessa Conforme representou 91,5% do total de importações de 2024, representando 171.323.467 declarações de importações registradas”, disse a Receita Federal.

 

Fonte: metropoles