Ela seria uma das chefes da quadrilha que prometia rendimentos sobre a exploração de uma mina de ouro. Criminosos usavam redes sociais para atrair vítimas.
A Polícia Civil prendeu na tarde desta quarta-feira (5), em Campo Grande, a advogada Maria Inês Leite, na 4° fase da operação Ouro de Ofir. A investigação é sobre um grupo que captava valores acima de mil reais de investidores, com a promessa de rendimentos milionários.
Prisão de advogada foi feita pela Polícia Civil na 4° fase da operação Ouro de Ofir em Campo Grande. — Foto: TV Morena/Reprodução
De acordo com a investigação, ela seria uma das chefes de uma quadrilha responsável por fazer mais de 25 mil vítimas no país. A advogada foi presa ao sair de casa, no bairro Carandá Bosque. Ela foi abordada por investigadores da Delegacia de Defraudações de Campo Grande (DEDFAZ), que faziam campana no local.
A presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/MS, Silmara Salamaia Gonçalves, afirmou que “a comissão foi acionada para acompanhar a escolha do local em que deve ser custodiado o advogado”. Maria Inês deve ser encaminhada para a companhia de guarda do presídio militar e ficará em uma espécie de alojamento, sem grades. A presidente afirmou ainda que, até o momento, não há informações sobre quem fará a defesa de Maria Inês.
Criminosos usavam redes sociais para atrair vítimas
Segundo a polícia, a advogada seria uma das idealizadoras e responsável pelo respaldo jurídico do esquema. Os suspeitos vendiam parte de uma fortuna que teriam direito sobre a exploração de uma mina de ouro e prometiam um grande retorno financeiro.
De acordo com a investigação, o esquema é como se fosse um “golpe do bilhete premiado”, porém mais moderno. No lugar de prêmio da loteria, ofereciam valores baseados em ouro. Os criminosos usavam redes sociais para atrair interessados.
Ainda de acordo com a polícia, a prisão de Maria Inês é importante para alertar a população de que os golpes continuam acontecendo.
Na 1° fase da operação Ouro de Ofir foram presos 3 integrantes da quadrilha, entre eles, Celso Eder de Araújo e Anderson de Araújo, que tiveram pedido de liberdade com medidas cautelares aceito pelo STF no mês passado. Na 2°fase, Sandro Machado foi preso tentando sacar 1,4 milhão em um banco, em Brasília, e teve pedido de liberdade negado em julho. Em setembro deste ano, na 3° fase, outras 2 pessoas foram presas.