O menino torturado pelo pai em Tacuru teve mãos e pés amarrados e foi ameaçado de morte, segundo relatos das vítimas. O caso ocorreu em uma aldeia indígena no município de Tacuru, a 416 quilômetros de Campo Grande, e resultou na prisão em flagrante do suspeito após a mãe registrar ocorrência na delegacia.
Como ocorreu a agressão
De acordo com os relatos recebidos pela família, o adolescente de 12 anos foi amarrado pelo pai como forma de castigo depois de ter pedido pensão alimentícia. O irmão mais novo, de 8 anos, estava presente e contou que o pai estava embriagado quando cometeu as agressões. Ainda segundo o depoimento, o homem quebrou uma garrafa de vidro e proferiu ameaças de morte contra o filho.
Menino torturado em Tacuru e as provas apresentadas
A mãe dos meninos registrou a ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Tacuru e apresentou um vídeo que, segundo ela, registra a cena. Com base nas imagens e nos depoimentos, policiais localizaram o suspeito na aldeia e o prenderam em flagrante. Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
Denúncia, depoimentos e proteção à vítima
Segundo familiares, a criança chegou visivelmente assustada e em estado de choro à casa da mãe, onde relatou ter sido torturada. O relato do irmão mais novo foi determinante para o acionamento das autoridades. Nos casos de violência contra crianças, é fundamental o registro imediato do fato na delegacia e a preservação de provas, como vídeos, fotos e testemunhos, para garantir a responsabilização criminal e a proteção do menor.
Medidas legais cabíveis
O suspeito foi indiciado pelo crime de tortura, com base no entendimento de que o ato causou intenso sofrimento físico e mental ao adolescente como forma de castigo. A tipificação de tortura no ordenamento jurídico brasileiro prevê a responsabilização penal quando há prática de atos que provoquem sofrimento físico ou mental, medida que pode ser adotada em casos similares para assegurar a proteção dos direitos da criança.
Impacto psicológico e acompanhamento
Além das consequências criminais para o autor das agressões, situações em que um menino torturado presencia ou sofre violência doméstica exigem atenção especial ao acompanhamento psicológico e social. Crianças expostas a esse tipo de violência podem apresentar trauma, medo persistente, dificuldades escolares e problemas de relacionamento. O encaminhamento para assistência especializada, por meio de órgãos de proteção e de saúde mental, é recomendado para avaliar e tratar os impactos emocionais.
Como denunciar e onde buscar ajuda
Casos de violência contra crianças devem ser comunicados imediatamente às autoridades competentes. É possível registrar ocorrência na Delegacia de Polícia Civil, acionar o Conselho Tutelar local e procurar o Ministério Público quando houver suspeita de crime. Em situações de risco iminente, as centrais de emergência e o número 190 podem ser acionados para atendimento imediato.
Orientações para familiares e testemunhas
Testemunhas e familiares que presenciam ou recebem relatos de violência têm papel importante na proteção das vítimas. Registrar provas, preservar a integridade física da criança, buscar atendimento médico quando necessário e comunicar as autoridades são passos essenciais. Além disso, é recomendável que os responsáveis procurem orientação jurídica para garantir medidas protetivas e acompanhamento processual.
O caso em Tacuru segue sob investigação e a conversão da prisão em flagrante para preventiva indica a continuidade das apurações por parte da Justiça. A denúncia e a atuação rápida da família e da polícia foram determinantes para a prisão do suspeito e para a abertura do processo por crime de tortura, enquanto as medidas de proteção à criança e o acompanhamento especializado serão fundamentais no processo de recuperação e garantia dos direitos dos menores envolvidos.
