A perda auditiva foi constatada após uma mulher de 35 anos ser agredida pelo marido na noite de 25 de dezembro, em Dourados. Conforme o boletim de ocorrência, o casal retornava para casa pela Avenida Weimgar Gonçalves Torres quando o homem, de 39 anos, golpeou a vítima com socos e chutes. Ela caiu no chão e foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a equipe médica identificou perfuração do tímpano do ouvido esquerdo.
Perda auditiva e atendimento médico
No atendimento inicial na UPA houve a constatação de perfuração timpânica, lesão que pode causar perda auditiva temporária ou permanente dependendo da extensão do dano e do tratamento subsequente. Pacientes com perfuração do tímpano costumam apresentar dor, sangramento, zumbido e diminuição da audição no ouvido afetado. Especialistas recomendam avaliação com otorrinolaringologista para definir conduta — observação, tratamento clínico com antibióticos quando indicado, e, em alguns casos, reparo cirúrgico (timpanoplastia).
A vítima recebeu atendimento emergencial e foi registrada a lesão no boletim de ocorrência. A investigação policial levou à prisão em flagrante do suspeito, que foi autuado por lesão corporal dolosa. No dia seguinte ao fato, o agressor passou por audiência de custódia e responderá em liberdade, de acordo com os registros do processo.
Prisão em flagrante e desdobramentos jurídicos
A prisão em flagrante ocorre quando a autoridade policial prende o autor no exato momento da prática do crime ou logo em seguida, com indícios suficientes da autoria. No caso em questão, a medida foi adotada diante da gravidade das lesões e dos relatos no boletim de ocorrência. A tipificação como lesão corporal dolosa significa que a agressão foi praticada com intenção ou assume-se dolosa quando há vontade de agredir, devendo o caso seguir para análise do Ministério Público e do Judiciário.
O que é lesão corporal dolosa
Lesão corporal dolosa caracteriza-se pela intenção de causar dano físico a outrem. A pena e medidas cabíveis variam conforme a gravidade da lesão e as circunstâncias do crime. Em situações de violência doméstica, além da responsabilização criminal, a vítima pode requerer medidas protetivas de urgência para garantir afastamento do agressor, proibição de aproximação e outras salvaguardas previstas na legislação aplicável.
Impactos e recomendações para vítimas de agressão
A perda auditiva resultante de trauma exige acompanhamento médico e psicológico. Recomenda-se que a vítima:
- Procure avaliação com otorrinolaringologista para mapear o grau da lesão e definir tratamento;
- Registre ocorrência na delegacia e solicite cópia do boletim para instrução de eventual ação judicial;
- Considere apoio psicológico para lidar com o trauma físico e emocional;
- Busque informações sobre medidas protetivas e serviços de atendimento à mulher na sua cidade ou estado.
Autoridades policiais atuaram imediatamente após o registro do caso, e a investigação seguirá para apurar circunstâncias e responsabilidades. Informações médicas específicas sobre prognóstico dependem de exames e do acompanhamento clínico; em muitos casos de perfuração timpânica o tratamento precoce melhora as chances de recuperação auditiva.
Contexto e prevenção
A violência doméstica e intrafamiliar exige atenção contínua das autoridades e da sociedade. Linhas de denúncia, serviços de saúde e estruturas de acolhimento são instrumentos essenciais para proteger vítimas e prevenir novos episódios. A denúncia e o atendimento médico imediato são passos importantes tanto para a segurança da vítima quanto para a responsabilização dos agressores.
O caso registrado em Dourados ressalta a gravidade das agressões físicas e suas consequências médicas, como a perda auditiva, e reforça a necessidade de respostas integradas entre saúde, polícia e sistema de justiça para garantir proteção e acesso à reparação às vítimas.
