Omertá mostra lei para todos e tem apoio incondicional, diz secretário

Operação de maior impacto em Mato Grosso do Sul neste ano, a Omertá, na avaliação do titular da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Antonio Carlos Videira, mostrou lei para todos e tem apoio incondicional do Estado.

A investigação da força-tarefa da Polícia Civil, liderada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros), e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), foi sobre milícia armada, grupo de extermínio e organização criminosa. No topo da hierarquia do grupo, aparecem os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho.

“Nada está acima da lei, ninguém está acima da lei. A Justiça há de ser soberana, sob pena de o Estado falir com a sua missão. Neste sentido, o governo do Estado deu e dará todo apoio necessário à força-tarefa. Independente se é policial, empresário”, afirma Videira.

O secretário destaca que a repressão desestimula novos crimes. “Reprimir um crime é forma de prevenir a ocorrência de outros. Quando você reprime o autor de homicídio, um mandante de homicídio ou uma organização criminosa você acaba prevenindo para que não venha a cometer outro crime”, diz o titular da Sejusp.

A operação Omertà foi realizada em 27 de setembro. Na sequência, presos foram transferidos para a penitenciária federal de Mossoró (Rio Grande do Norte), após divulgação de que a organização criminosa planejava atentado contra o delegado titular do Garras, Fábio Peró. Conforme o secretário, nem neste cenário se cogitou mudança na equipe.

“Qualquer delegado só sai de lá se quiser. O Fábio Peró, sua equipe, os demais delegados da força-tarefa têm apoio incondicional da segurança pública para desempenhar a função para que foram contratados”, assegura.

Na semana passada, a Justiça Federal de Mossoró determinou que Jamil Name, de 80 anos, volte para Mato Grosso do Sul e retorne a presídio estadual. Como o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) divergiu, a questão será levada ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

“Com relação à disponibilização de vaga, isso será feito pelo Poder Judiciário. O juiz analisa o local mais adequado para que o preço permaneça recolhido”, afirma o secretário de Justiça e Segurança Pública.