Foi absolvido sumariamente do crime de homicídio, Cleyton Marques da Silva, pelo assassinato de José Augusto Marques da Cruz, ocorrido no dia 14 de janeiro deste ano, na região do bairro Paulo Coelho Machado. A absolvição aconteceu no dia 22 deste mês sendo proferida pelo juiz Carlos Alberto Garcete.
Na decisão o magistrado proferiu que: “In casu, bem é de ver-se que o acusado, conforme os elementos de prova colhidos durante a instrução criminal, agiu acobertado por uma excludente de ilicitude, qual seja a legítima defesa, repelindo injusta agressão praticada por José Augusto Marques da Cruz contra ele e terceira pessoa, no caso, Marines Lemes dos Santos ex-companheira da vítima.”
Nesta quinta-feira (29), foi publicada, no Diário da Justiça, a revogação de sua prisão após a absolvição. Quando feito pela defesa, o pedido da revogação da prisão alegando legitima defesa, em abril, acabou negado até o julgamento que o absolveu.
O crime
Na época do crime, a ex-mulher, de 54 anos, disse dormir quando ouviu um barulho e foi até o portão checar, momento em que viu o rapaz com o ferimento. Ela disse que ele estava sem camisa e pediu para guardar a bicicleta em sua varanda. Em choque, ela teria tentando ajudar e pediu para uma vizinha acionar o socorro.
O Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegaram a ser acionados, porém, ao chegar no local a vítima já estava sem vida. A ex-companheira disse que eles estavam separados há um ano.
Os vizinhos relataram que na tarde do assassinato não chegaram a ouvir gritos ou brigas, porém, ela mora há pouco tempo na região, sozinha. Constantemente percebiam a movimentação de pessoas desconhecidas na casa. Um dos vizinhos contou que a vítima insistia para que a moradora parasse com o vício nas drogas. O casal era conhecido por brigas e discussão, sendo que, em uma vez, notaram hematomas nela, mencionando que o rapaz teria a agredido.
Após matar, foi até bar na esquina
O acusado foi preso momentos depois do assassinato por equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações), na mesma região. Logo após matar com duas facadas no pescoço José Augusto, o assassino teria colocado a faca que usou no crime de volta na cintura e ido até um bar, que fica a umas três casas de onde aconteceu o homicídio, para beber cerveja.
Em depoimento, Cleyton afirmou que não enxergou onde teria desferido as facadas já que possui um problema de visão, e que, no dia do crime, José teria chegado a casa da ex-mulher alterado chutando o portão. Na residência estavam a moradora, Cleyton e uma amiga dele ingerindo bebidas alcoólicas. Ele ainda disse que foi tirar satisfação com a vítima dizendo que José não iria mais agredir a mulher, sendo que neste momento a moradora que estava dormindo acordou e foi ver o que estava acontecendo. Cleyton retirou a faca da cintura e desferiu as facadas e, segundo ele, José mesmo ferido teria tentado agredi-lo com um pedaço de madeira. Depois do crime, Cleyton saiu da casa e foi até um bar para beber cerveja.