Após ‘novela’, Alan Guedes é eleito presidente da Câmara de Dourados

A chapa encabeçada pelo vereador Alan Guedes (DEM), venceu a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Dourados ocorrida na tarde desta quinta-feira (13/12), após três tentativas frustradas de se realizar o pleito interno. 

Com 19 parlamentares presentes na sessão e a alegação de inexistência da composição adversária que tinha como candidato a presidente Pedro Pepa (DEM), preso desde o dia 5 de dezembro dentro da Operação Cifra Negra, Alan acabou conquistando 10 votos contra oito que se posicionaram contrário. Um se absteve.

Além de Guedes no comando, Elias Ishy (PT) será vice-presidente, Sérgio Nogueira (PSDB) primeiro secretário e Daniela Hall (PSD), segunda secretária. 

O mandato terá início no próximo ano e segue até 2020.

A sessão

Populares marcaram presença na sessão que teve início com a posse dos suplentes Toninho Cruz e Marcelo Mourão, assumindo as vagas de Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB), respectivamente. Com cartazes e faixas eles não deixavam de lembrar dos nomes dos parlamentares presos. 

Logo em seguida foram levados ao plenário as votações de questões de ordem assinadas pelos nove vereadores que fazem parte da base aliada da prefeita Délia Razuk (PR), pedindo a anulação do processo eleitoral e a substituição de nomes de chapas – esse último alegando que o Regimento Interno seria omisso.

Porém, os casos acabaram negados pela maioria dos parlamentares.

Como votaram

A chapa composta pelo vereador Alan Guedes (DEM) recebeu os votos de Lia Nogueira (PR), Marçal Filho (PSDB), Mason Valente (DEM), Daniela Hall (PSD), Toninho Cruz, Marcelo Mourão, Sérgio Nogueira (PSDB), Olavo Sul (Patriota) e Elias Ishy (PT), além do próprio candidato.

Já Bebeto, Silas, Cido Medeiros, Carlito do Gás, Jânio Miguel, Juarez de Oliveira, Maurício Lemes, Júnior Rodrigues se posicionaram contra.

Romualdo Ramin se absteve de votar. 

Novela 

A novela da eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Dourados teve início no dia 5 de dezembro, com a prisão de três parlamentares. Dois deles – Pedro Pepa e Cirilo Ramão – faziam parte de composição de chapa que participaria do pleito. 

Idenor Machado foi o outro alvo de cumprimento dos mandados expedidos pela Justiça, junto do ex-vereador Dirceu Longhi (PT) e mais seis pessoas.

Após a prisão dos dois membros da chapa, parlamentares da base aliada da prefeita Délia Razuk (PR) entraram com pedido de troca de nomes, alegando que o Regimento Interno – que determina o registro dos postulantes com 48h de antecedência – era omisso em casos como esse. 

Na primeira sessão, realizada no dia 7 de dezembro – a eleição deve ocorrer até a primeira semana de dezembro – vereadores da base aliada se ausentaram do plenário, com o encerramento minutos depois por falta de quórum. O mesmo ocorreu no sábado. 

Já no domingo, decisão liminar suspendeu as eleições da Mesa Diretora. Na terça, essa mesma liminar foi cassada para que o pleito fosse realizado. 

Nesta quinta-feira, a presidente da Câmara, Daniela Hall, convocou o pleito.