Bens patrimoniais teriam motivado execução de Zuleide

As investigações sobre a execução de Zuleide Lourdes Teles da Rocha, 57, tiveram novos desdobramentos e fatos ligados a “relacionamento conturbado” e bens patrimoniais foram citados em depoimento pelo mandante do crime, Givaldo Ferreira Santos, 62, marido da vítima.

Conforme informado pelo Dourados News, no sábado (19), a detetive foi encontrada morta em uma mata nas imediações da Rua Criciúma, Bairro Vival dos Ipês, após cair em uma emboscada. Ela foi atraída para o local do crime por uma proposta de trabalho.

Após investigações do SIG (Setor de Investigações Gerais), quatro pessoas foram presas nesta terça-feira (22), entre elas, o detetive Givaldo, e Sueli da Silva, 56, responsável por atrair a vítima até o local dos fatos por meio de uma ligação.

O enteado da vítima, Willian Ferreira Santos, 25, também teve participação no crime. Os envolvidos confessaram que ele foi o responsável por ficar com a criança que estava com a mulher, enquanto ela foi levada para a mata e morta com um tiro na têmpora, por José Olímpio, de 32 anos.

De acordo com o Delegado Erasmo Cubas, as investigações apontam que a execução de Zuleide estava sendo planejada há meses.

Inclusive, uma das testemunhas, disse que esse era o segundo atirador que tentava tirar a vida da vítima, uma vez que o primeiro desistiu.

Em um primeiro momento, Givaldo negou ser o mandante do crime e qualquer envolvimento, mas posteriormente confessou e apontou os demais participantes. Entretanto, disse que não sabia da participação do filho no fato.

A princípio, segundo o acusado, a motivação do crime seria o relacionamento conturbado vivido com a vítima. Além disso, a maior parte dos bens patrimoniais do casal era no nome de Zuleide porque Givaldo teria restrições ficais.

A polícia representou pela prisão preventiva de todos os envolvidos, inclusive de Willian, detido no Mato-Grosso. Givaldo responderá por feminicídio, e os demais responderão por homicídio qualificado, uma vez que a execução foi planejada.

Ainda de acordo com o delegado responsável pelo caso, a investigação está elucidada, com a descoberta do mandante, envolvidos e motivações, porém, ainda há fatos em averiguação que deverão ser incluídos no inquérito para concluir o caso.