Brasil se destaca na agricultura por intermédio das políticas públicas e melhoramento genético

O trabalho no campo, o lavrar a terra, plantar e colher esteve presente desde os primórdios da sociedade, em que o homem cultivava o seu alimento. Com o passar do tempo e as evoluções das técnicas, a agricultura se tornou um dos meios mais importantes, tanto economicamente quanto socialmente.

E como forma de celebrar este setor tão primordial, comemora-se nesta terça-feira (17) o Dia da Agricultura.

Segundo a Coordenação de Recursos Genéticos para a Alimentação e Agricultura da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com dados obtidos por meio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 75% dos alimentos do mundo são gerados a partir de apenas 12 plantas e cinco espécies animais.

Estas plantas são: arroz, trigo, cana-de-açúcar, milho, soja, batata, palma, mandioca, sorgo, milhete, amendoim e batata-doce.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em comemoração aos seus 50 anos, lançou o livro Brasil em 50 alimentos. Confira algumas características desses produtos agrícolas na imagem abaixo.

Dentre esses produtos, três ocupam o ranking no Valor Bruto da Produção (VBP), de acordo com os dados de setembro. São eles: soja, milho e cana de açúcar. Juntos, eles formam mais de 49% do VBP em 2023.

O Mapa trabalha para promover o cultivo de variedade de espécies agrícolas por meio dos recursos genéticos para aumentar a diversidade alimentar, conforme apresenta o coordenador de Recursos Genéticos para a Alimentação e Agricultura, Luis Gustavo Pacheco.

Ele explica que os recursos genéticos ajudam a agricultura porque a dependência de um número limitado de culturas ou espécies básicas pode tornar o sistema alimentar vulnerável a pragas, doenças e alterações climáticas, ocasionando perdas nas cadeias produtivas.

Além disso, por meio de novas tecnologias, como a biotecnologia, é possível melhorar as características de interesse das espécies cultivadas, tornando-as mais resilientes e produtivas, de maneira mais rápida e menos dispendiosa, contribuindo para a segurança alimentar.

O Mapa também atua na criação de políticas públicas para a agricultura por meio da Secretaria de Políticas Agrícolas (SPA). Uma delas é a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), que garante um patamar de preço ao produtor na comercialização de sua produção, representando um seguro de preço ao produtor na venda de sua produção, sem custo para os produtores.

O secretário adjunto de Política Agrícola, Wilson Vaz, ressalta que a PGPM garante ao agricultor um nível de receita de forma que, caso haja baixa de preços no mercado, o produtor não tenha comprometimento na permanência da atividade.

“Com a garantia de um preço mínimo para a produção, os agricultores, sejam grandes, médios ou pequenos, podem fazer a sua programação de plantio, cotejando com os seus custos de produção, sabendo que a referência mínima está garantida por esta política”, diz.

Outra ação da Mapa é o Plano Safra, que consubstancia a política agrícola, abrangendo as principais medidas de apoio ao produtor rural e às suas cooperativas de produção, nas áreas de crédito rural, de gestão de risco agroclimático e de apoio à comercialização.

O Plano Safra 2023/24 é o maior da história do Governo Federal, com incentivo ao fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis.

Vaz expressa que as políticas públicas para a agricultura contribuem para a tomada de decisão dos produtores rurais relativamente à safra, conferindo previsibilidade quanto ao apoio conferido, bem como para o aumento da produção e da produtividade agropecuária.

Informações à Imprensa
Victória Cruz
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