Com nomeações paradas, previsão é de corte de até 20% em comissionados

Nove dias depois da posse para o segundo mandato, o governador Reinaldo Azambuja(PSDB) mantém indefinida a situação de pessoas que, até 31 de dezembro de 2018, ocupavam uma das 1,9 mil funções comissionadas na administração estadual.

Até aqui, foram raras as nomeações para cargos fora do chamado “primeiro escalão”, o que inclui secretários de Estado, assessores diretos e diretores-presidentes de autarquias.

E, mesmo neste caso, nem todas as funções consideradas chave já foram preenchidas.

A expectativa é de cortes entre 10% e 20% das vagas, o que representaria até 380 cargos a menos.

Na Secretaria de Saúde, o corte será no percentual máximo, informou hoje o responsável pela pasta. “Na saúde, serão em torno de 20%”, disse Geraldo Resende. 

“Existe uma determinação do governo para que a gente possa reduzir o número de cargos comissionados em todas as secretarias. Fazer um ajuste mais harmônico, tendo em vista que precisamos diminuir a folha salarial, que hoje é o principal desafio das 27 unidades da federação e que consome, no teto máximo, a capacidade de investimento”, afirmou nesta tarde.

Na reunião com o novo staff logo depois da posse, no dia 2 de janeiro, Reinaldo deu dez dias de prazo para que os secretários indicassem os servidores considerados “imprescindíveis”, prazo que termina na próxima sexta-feira.

Embora proposta aprovada no fim de 2018, que redefiniu as nomenclaturas dos comissionados, previu pouco mais de duas mil posições a serem ocupadas, o governo estadual já trabalhava no fim do ano passado com 1,9 mil nomeados, conforme número divulgado pelo próprio Reinaldo.

As novas nomeações dependem do diagnóstico encomendado em reunião logo no início da gestão a cada secretário, executado por todos os gestores que tiveram a permanência garantida mesmo sem a redesignação ter sido publicada, junto com outras medidas para redução de despesas.

A redução nas novas nomeações foi uma das soluções para reduzir as despesas com pessoal, que chegam a 48% da receita corrente líquida estadual –quando deveriam estar abaixo dos 44,1%. O número de comissionados representa cerca de 5% do número de funcionários efetivos.