Criminosos fecham acessos de Guarapuava durante tentativa de assalto, fazem moradores reféns e deixam 2 policiais feridos

Mais de 30 criminosos fortemente armados tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores, em Guarapuava, na região central do Paraná, durante a noite de domingo (17) e madrugada desta segunda-feira (18), segundo a Polícia Militar (PM). Dois policiais e um morador ficaram feridos.

De acordo com relato de testemunhas, os assaltantes fizeram moradores reféns e fecharam os acessos da cidade. Além disso, pelo menos sete veículos blindados foram usados na ação, segundo a polícia.

Testemunhas disseram ainda que os criminosos colocaram fogo em dois veículos em frente ao batalhão da Polícia Militar para dificultar a ação dos agentes de segurança.

Guarapuava fica a 256 quilômetros de Curitiba. A cidade tem aproximadamente 183 mil habitantes, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve confronto armado e pelo menos dois policiais foram baleados, de acordo com a PM.

Durante a madrugada, a prefeitura chegou a afirmar que pelo menos três moradores tinham se ferido na ação. Apesar disso, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou que atendeu somente um civil, que levou um tiro no braço.

O Exército foi acionado para reforçar a segurança. Enquanto isso, moradores ouviram diversos disparos.

Por volta das 5h45, a Polícia Militar informou que os criminosos conseguiram fugir rumo ao interior do estado. Momentos depois, a polícia afirmou que os moradores poderiam sair de casa.

A polícia ainda não informou se os assaltantes conseguiram levar algum valor da empresa de transportes.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que os acessos via BR-277 estão liberados.

Buscas são feitas pela região.

Moradores aterrorizados

A população de Guarapuava foi orientada pelas autoridades de segurança e pelas rádios locais a permanecerem em casa.

O jovem aprendiz Nathan Santos, de 16 anos, saía do Shopping Cidade dos Lagos com um grupo de amigos no momento dos ataques.

“Só lembro de estar no meio da rua e escutamos um estouro muito alto”, diz. “Saímos correndo. Uma senhora nos ofereceu abrigo e começaram os tiroteios…Muito barulho de bala, pessoas gritando no meio da rua. Estavam dando tiros nos postes de luz para ficar escuro.”