O empresário paraguaio dono de uma lojas de importados na região de fronteira com o Brasil, Felipe Cogorno Alvarez, é mais um dos alvos da Operação Patron, desencadeada hoje (18/11). A ação faz parte de desdobramento da Operação Lava-Jato.
Alvarez teve a prisão preventiva decretada. Além dele, o ex-presidente do Paraguai, Horacio Cartes, é alvo das determinações judiciais.
De acordo com o Campo Grande News, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, também decretou a prisão do pecuarista de Ponta Porã Antonio Joaquim da Mota, da mulher dele Cecy Mendes Gonçalves da Mota e do filho do casal, Antonio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota.
Durante a manhã, policiais federais cumpriram os mandados contra a família na mansão onde residem, na Avenida Brasil, centro de Ponta Porã, no haras onde são criados cavalos de raça e na fazenda de Antonio da Mota, também no município de Ponta Porã.
A operação
Aproximadamente 100 policiais federais participam dessa ação, em parceria com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.
Foram cumpridos 37 mandados judiciais expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro (RJ).
São 17 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 18 de busca e apreensão.
Foi autorizada judicialmente a inclusão dos residentes no Paraguai e Estados Unidos da América na Difusão Vermelha da Interpol.
A investigação identificou cerca de US$ 20 milhões ocultados, sendo mais de US$ 17 milhões num banco nas Bahamas e o restante pulverizado no Paraguai entre doleiros, casas de câmbio, empresários, políticos e uma advogada.