Estuprador condenado a 196 anos está há quatro meses foragido em Goiás

A fuga do presídio daquele que é considerado um dos maiores estupradores de Goiás, acusado de cometer mais de 100 estupros e condenado a quase 200 anos de prisão, completou quatro meses nesse domingo (17/4). A investigação não descarta a hipótese de que possa ter ocorrido alguma facilitação dentro do sistema prisional.

Ele sumiu quando fazia a limpeza da área externa de uma estrutura do sistema prisional do estado.

Até então, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) e a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) não conseguiram descobrir o paradeiro de Wanderson Alves Carvalho, conhecido também como Dentinho ou Mulato, de 47 anos.

O homem que aterrorizou mulheres de Goiânia e região no início dos anos 2000 e que foi encontrado pela polícia em 2004, escondido numa grota em Paraúna (GO), a 160 km da capital, segue nas ruas e, ainda, com muitos anos de prisão para cumprir.

“Ajuda”

Dentinho fugiu do Completo Prisional de Aparecida de Goiânia na noite do dia 17 de dezembro. Era uma sexta-feira. A investigação trabalha com algumas possibilidades, sobretudo com a chance de que possa ter ocorrido alguma “ajuda” por parte de agentes prisionais.

O inquérito sobre o caso foi instaurado, a princípio, no 1º Distrito Policial de Aparecida, que é o responsável imediato pelas ocorrências dentro dos presídios da cidade. As primeiras diligências, no entanto, denotaram a necessidade de um empenho especializado.

Semanas depois de iniciada a investigação, conforme checou o Metrópoles, o caso foi transferido para a Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), onde vem sendo tratado com total sigilo para não prejudicar a elucidação. A unidade já foi responsável, no passado, por operações sobre a atuação de agentes prisionais e a articulação de facções no presídio.

Fonte: Metropoles