Nesta segunda-feira (13), iniciou o ano letivo da rede municipal de ensino em Dourados, e com o regresso às aulas, houve o regresso à problemas crônicos e lutas periódicas de pais de crianças especiais.
Em uma escola pública municipal, a mãe de uma criança com síndrome de down e diabetes, teve o desalento de levar embora seu filho mais cedo, porque o professor de apoio, se tornou professor da turma toda. De acordo com a escola, o professor de apoio não é exclusividade de aluno especial, tendo que prestar apoio a todos da turma.
Sendo assim, o professor que antes era de apoio, ontem, estava ajudando no cuidado da sala, recebendo materiais e não poderia parar tudo para que a mãe explicasse as necessidades da criança e o funcionamento da bomba para diabetes, assim, em forma travestida de preocupação, pediram que levasse o aluno mais cedo no dia seguinte, pois no atropelo da abertura do ano letivo, não teriam tempo para aprender sobre a criança.
Segundo a mãe da criança, a SEMED atinente as necessidades do menor, exigiu que os pais contratassem um profissional de saúde, para acompanhamento do aluno no período de ensino, conforme orientação da SEMED, não é obrigação do município..
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estabelece que a Educação Especial é uma modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para os educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Determina que os sistemas de ensino assegurem a tais educandos recursos que atendam as suas necessidades, e que cabe às escolas organizar-se para o atendimento aos educando com necessidades educacionais especiais, garantindo uma educação de qualidade para todos,
Assim, para que a Rede de Ensino Público do município de Dourados, cumpra seu papel de possibilitar aprendizagem a todos os alunos, são necessárias mudanças significativas na estrutura de funcionamento, a começar, pelo olhar de cuidado e a sensibilidade com as crianças especiais.
E quando a sensibilidade exigir muito esforço, que apenas cumpra a obrigação legal de assistência social, que por consequência, já haverá mudança na realidade, que assombra todos os anos os pais que com o coração em pranto sentem a desigualdade, a falta de assistência do Poder Público municipal, com o seu bem mais precioso, tentando todos os dias garantir que o dia de hoje na luta pelos seus direitos, seja o último dia, tornando a desigualdade em inclusão e respeito.
O espaço para proposição de resposta e esclarecimento da Prefeitura e Secretaria de Educação de Dourados, segue em aberto.
Redação 67News
Foto: Divulgação da Prefeitura