Família do Agro: filha de líder é apontada como operadora do tráfico

Apontada pela Polícia Federal (PF) como operadora de um esquema de tráfico de drogas que movimentou ao menos R$ 50 milhões, a médica Larissa Lima (foto em destaque) foi presa em São Paulo, na última quarta-feira (21/2), no âmbito da Operação Kariri.

Larissa é filha de Rener Umbuzeiro, líder da organização criminosa “familiar” especializada no cultivo de maconha em fazendas da Bahia. O chefe da quadrilha morreu em confronto com a PF ao reagir ao mandado de prisão em seu nome.

Marido de Larissa, o empresário Paulo Victor Lima foi detido em Feira de Santana (BA). Niedja Maria Lima, esposa de Umbuzeiro e mãe de Larissa, também acabou presa.

A operação identificou que a família se reestruturou na cidade de Feira de Santana (BA), após sair de Pernambuco, onde começou uma empreitada com cultivo ilícito de maconha.

As investigações começaram em 2019. As equipes registraram três flagrantes, por meio dos quais apreenderam mais de uma tonelada da droga, além de roças de maconha erradicadas.

Dessa forma, os policiais identificaram o responsável pela organização e por toda a cadeia de lavagem de dinheiro.

A PF detalhou que o lucro obtido pela organização criminosa era revertido na compra de imóveis de alto valor para toda a família e pessoas próximas, que forneciam contas bancárias a fim de tentar dificultar o rastreio do dinheiro pela Polícia Federal. Além disso, os investigadores identificaram cinco fazendas do principal alvo da investigação que estão em nome de terceiros.

Operação Kariri

A Justiça expediu sete mandados de prisão e 20 de busca e apreensão, além de ordens de bloqueio de contas bancárias e de bens que podem chegar a, aproximadamente, R$ 50 milhões. Entre eles, há seis imóveis de alto padrão e cinco fazendas na Bahia e em Pernambuco.

Cerca de 100 policiais cumpriram as ordens judiciais nas cidades de Feira de Santana, Salvador (BA), América Dourada (BA), Morpará (BA), Ibititá (BA), Muquém do São Francisco (BA), Brasília (DF), Ibimirim (PE) e São Paulo (SP).

Os envolvidos devem responder pelos crimes de tráfico de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Fonte: Metrópoles