Golpe em Bataguassu faz idoso perder 93 mil reais em Pix

Golpe em Bataguassu faz idoso perder 93 mil reais em Pix

O golpe em Bataguassu atingiu um idoso de 61 anos que teve 93 mil reais retirados de sua conta após invasão bancária. Segundo o registro policial, os criminosos acessaram a conta da vítima e transferiram o montante para outra conta de mesma titularidade em instituição diferente, concentrando os recursos antes de efetuar centenas de transações.

Como o golpe em Bataguassu foi executado

Os invasores, após transferirem o valor inicial, realizaram mais de 200 movimentações em sequência, entre Pix, TEDs e pagamento de boletos de IPVA. Essa estratégia de dispersão rápida é típica de fraudes eletrônicas: ao fracionar recursos e direcioná-los a vários destinos, os criminosos aumentam a dificuldade de rastreamento e recuperação dos fundos.

A vítima só percebeu a fraude no dia seguinte, quando foi a uma agência para sacar o dinheiro e encontrou saldo zerado. Ela relatou também que não recebeu notificações de segurança no celular sobre as movimentações atípicas, informação que consta no boletim de ocorrência registrado na delegacia local.

Investigação e classificação do crime

A Polícia Civil de Bataguassu investiga o caso como furto qualificado mediante fraude eletrônica. As apurações visam identificar a origem dos acessos, os caminhos das transferências e possíveis beneficiários. Agentes trabalham para mapear os múltiplos pagamentos e localizar contas que receberam valores por meio de Pix e TED.

Enquanto a investigação avança, peritos e delegados apontam que a rapidez na comunicação com a instituição financeira é decisiva para aumentar as chances de recuperação dos valores. Por isso, autoridades reforçam orientações sobre medidas imediatas a serem tomadas por vítimas de movimentações não reconhecidas.

O que especialistas recomendam após o golpe em Bataguassu

Especialistas financeiros consultados indicam passos práticos: ao identificar movimentações estranhas, o cliente deve contactar o banco imediatamente, solicitar o bloqueio de acessos e pedir a ativação do MED (Mecanismo Especial de Devolução) do Pix. O MED é a ferramenta disponível para tentar reaver valores antes que sejam sacados pelos golpistas, mas sua efetividade depende da velocidade da comunicação.

Outras ações recomendadas incluem alteração imediata de senhas e dados de acesso, bloqueio de cartões, retirada de autorizações de débito e salvamento de comprovantes e telas que mostrem transações. Registrar boletim de ocorrência também é fundamental para que a polícia possa iniciar o rastreamento e formalizar pedidos às instituições financeiras.

Impacto local e contexto

Bataguassu, cidade a cerca de 295 km da capital estadual, lidera o ranking regional de estelionatos em 2025, com 155 registros. O caso reforça a recorrência de fraudes eletrônicas na região e a necessidade de campanhas locais de orientação à população, sobretudo entre idosos, público frequentemente mais vulnerável a golpes que exploram brechas tecnológicas ou engenharia social.

As instituições financeiras têm investido em mecanismos de segurança, mas crimes que combinam acesso indevido a contas e uso rápido de transferências continuam a desafiar bancos e autoridades. A cooperação entre clientes, bancos e polícia é apontada como a melhor resposta para reduzir perdas e tornar as operações criminosas menos vantajosas.

Orientações práticas para prevenir fraudes

Para reduzir o risco de cair em golpes semelhantes, recomenda-se: manter sistema operacional e aplicativos bancários atualizados; não compartilhar senhas, códigos ou imagens de comprovantes por mensagens; desconfiar de contatos que solicitem informações pessoais ou financeiras; ativar notificações de transações e autenticação em dois fatores; e conferir regularmente extratos e limites de movimentação.

Também é aconselhável cadastrar contatos oficiais do banco e da polícia para acionamento imediato em caso de suspeita. A prevenção combinada com ação rápida aumenta significativamente as chances de reaver valores e identificar os responsáveis.

Próximos passos no caso

Com o boletim de ocorrência registrado, a Delegacia de Polícia Civil segue com diligências para identificar os responsáveis pelas transferências e mapear a rede de contas utilizadas. A investigação buscará perícias digitais, pedidos de informação às instituições financeiras e análise das transações por ordem cronológica para traçar o caminho dos recursos.

Enquanto isso, a recomendação às vítimas de movimentações não reconhecidas permanece: contatar o banco nos primeiros minutos, solicitar MED do Pix quando aplicável, registrar ocorrência e preservar todos os comprovantes de movimentação. Essas medidas são decisivas para possibilitar bloqueios, bloqueios reversões ou outras ações emergenciais das instituições.

O episódio em Bataguassu serve como alerta sobre a sofisticação crescente de fraudes eletrônicas e a importância de vigilância constante, especialmente entre usuários mais vulneráveis do sistema bancário.

Essa matéria usou como fonte uma matéria do site Midiamax