Pelo menos sete servidores filiados ao PRB foram exonerados nesta terça-feira (14) de cargos que ocupavam na Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul).
Entre eles, está Lucas Rael Alves Acosta, filho do ex-diretor do órgão e candidato a deputado federal pelo partido, Wilton Acosta. Uma nora do candidato também foi desligada da fundação.
Os desligamentos envolvem pessoas que respondiam por cargos comissionados (de livre nomeação) e ocorrem dias depois de o PRB anunciar apoio à candidatura ao governo do Estado de Odilon de Oliveira (PDT), dando fim aos quatro anos de aliança com o PSDB do atual governador, Reinaldo Azambuja, adversários na disputa eleitoral deste ano.
Seis dos sete exonerados tinham cargos de coordenador, sendo que cinco ocupavam cargos de direção executiva e assessoramento: Lucas Rael, Dorineu Martins Afonso, Edson Bobadilha, João José Sales Filho e Sandy Barbosa Fontoura da Rosa.
Angela Cristina Gonçalves Cabreira (gerência executiva e assessoramento) também aparece com esse posto.
Fabrícia da Silva Souza de Magalhães, com cargo de gestão e assistência e identificada como gestora de processo, é outra a ser desligada do órgão.
Todos constam em lista atualizada de filiados do PRB fornecida nesta terça pela Justiça Eleitoral.
A relação de exonerados inclui dois outros nomes que não figuram no rol de integrantes do partido.
A lista de exonerações, publicada no Diário Oficial do Estado, inclui Walkiria Gomez Xavier, que também ocupava cargo de gestão de assistência (no posto de gestora de processo).
Na biografia de Wilton Acosta no site de sua campanha a deputado federal é citado ser este o nome da mulher de seu outro filho, Kauê Reuel.
Saída – Mudanças na Funtrab já eram aguardadas desde sexta-feira (10), quando foi anunciada a exoneração de Anivaldo João da Silva Cardozo do posto de diretor-presidente do órgão.
Ele havia assumido o cargo há menos de cinco meses, substituindo justamente Wilton Acosta –que havia pedido desligamento para trabalhar sua candidatura a deputado federal, como exige a legislação.
Na ocasião, Acosta confirmou que o apoio a Odilon era um indicativo de saída do PRB da atual administração. “O governo nos perdeu”, declarou. O partido anunciou o apoio a Odilon na reta final das convenções partidárias.
Até então, mantinha canais de negociação com PSDB e MDB –a condição para a aliança era o apoio à reeleição do senador Pedro Chaves, do partido.
Com o PDT, o PRB não só emplacou a candidatura de seu senador como ainda indicou o vice de Odilon, o bispo Marcos Vitor, e os dois suplentes de Chaves.
Fonte: Marta Ferreira