Justiça Federal anula ação de busca e apreensão da PF contra Ciro Gomes

Por unanimidade, a Quarta Turma do Tribunal Regional da 5ª Região (TRF-5) anulou, nesta terça-feira (22), a ação de busca e apreensão da Polícia Federal contra Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência da República pelo PDT.

Em dezembro do ano passado, o ex-ministro foi alvo da Operação Colosseum, que investiga o suposto desvio de verbas e pagamento de propinas na reforma da Arena Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013. O senador Cid Gomes (PDT-CE) e Lúcio Gomes, ambos irmão de Ciro, também foram alvos da operação.

O TRF-5 deu provimento ao habeas corpus impetrado pela defesa do ex-ministro. No entendimento dos desembargadores, a ação não poderia ter ocorrido em um espaço de tempo tão grande após os fatos investigados.

Nas redes sociais, Ciro celebrou a decisão, afirmando que “honra o judiciário brasileiro”. “Mesmo nos momentos de maior indignação nunca duvidei de que a verdade e a justiça prevalecessem sobre o arbítrio, a manipulação e a prepotência”, escreveu o pré-candidato à Presidência.

Em nota, o TRF-5 afirmou que, mesmo com a decisão desta terça, “as investigações continuam e o processo segue sob segredo de Justiça”.

Operação Colosseum

Em entrevista à CNN à época, CIro Gomes chamou a operação de “aberração” e questionou a ação da PF. ““Qual é o sentido de fazer busca e apreensão sobre uma figura pública, candidato à Presidência da República, por fatos que teriam ocorrido em 2012?”, declarou.

A Operação Colosseum investiga um possível pagamento de R$ 11 milhões em propinas, com notas fiscais fraudulentas emitidas por empresas fantasmas durante o processo de licitação das obras da Arena Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013.

Publicado por Henrique Andrade/CNN Brasil