Durante audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira, no Fórum de Dourados, foi mantida a prisão preventiva do policial militar ambiental de 37 anos preso na segunda-feira pelo homicídio do bioquímico Júlio César Cerveira Filho, 43, durante sessão em uma sala de cinema no Shopping Avenida Center.
Pela manhã, o juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 3ª Vara Criminal de Dourados, já havia convertido a prisão em flagrante do PMA em prisão preventiva.
Por este motivo, na audiência de custódia foi mantida a decisão e analisado se houve algum tipo de violência ou ilegalidade na prisão, no entanto, nenhuma irregularidade foi relatada por parte do preso.
O crime ocorreu após provocações e até um tapa no rosto do filho do policial, conforme o boletim de ocorrência.
O PMA disse à polícia que estava na sala de cinema, acompanhado dos dois filhos, de 14 e 10 anos de idade. A família ocupava as poltronas 9, 10, 11 da fileira sete e um dos filhos do policial sentava ao lado de Júlio Cesar.
Imagens de câmeras de segurança registraram a discussão.
Júlio, conforme relato, começou a abrir e fechar os braços, também as pernas, batendo contra o menino sentado na poltrona 11.
Neste momento, o pai optou por trocar de lugar com o filho e pediu para que a vítima parasse com as provocações.
No entanto, de acordo com o boletim de ocorrência, Júlio teria dito: “Você é um idiota, você é babaca, ridículo, cuzão”.
O PMA conta que pediu para que a vítima parasse e a mulher que acompanhava Júlio também teria pedido para que ele cessasse com as provocações.
Júlio teria levantado e então, passou a desferir chutes e socos no policial, momento em que várias pessoas que estavam na sala de cinema começaram a se manifestar e censurar a atitude da vítima.
Júlio saiu do local e antes de deixar a fileira sete, teria desferido um tapa no rosto do filho do policial. O pai se levantou e disse: “você tá doido, batendo no meu filho ele é menor, vou chamar a polícia”.