Os próximos passos da investigação serão ouvir a mãe e o pai do garoto e encaminha-lo ao Instituto Médico Legal (IML). De acordo com a polícia, o inquérito está próximo de ser encerrado.
A Polícia Civil recebeu nesta terça-feira (6) a entrevista psicossocial realizada com o aluno de 9 anos que se feriu em um escola particular em Campo Grande, após ser baleado no dia 17 de outubro. O tiro acertou o calcanhar do menino de raspão.
Durante a entrevista, o garoto disse que observou o local exato que o pai guardava a chave do escritório onde a arma estava, que abriu a porta e pegou a pistola em uma gaveta. Ainda relatou, que a arma estava sem o pente e que a montou também por observar o pai manuseando o armamento.
O menino acrescentou dizendo que levou a arma a escola para “pagar” um desafio feito com um colega de sala, que teria duvidado que ele tivesse uma pistola em casa.
O delegado Mário Donizete Ferraz de Queiroz, responsável pelo caso, disse que ao G1 que os próximos passos da investigação serão: ouvir a mãe e o pai do garoto e encaminha-lo ao Instituto Médico Legal (IML), para examinar a materialidade do ferimento. O delegado espera finalizar o inquérito na semana que vem.
O Colégio Adventista, dois meses antes do menino ser baleado, ofereceu ciclo de palestras de prevenção sobre o uso de armas e drogas. Na ocasião, responsáveis por forças de segurança do estado conversaram, tanto com a vítima como outros alunos do ensino fundamental e médio, de acordo com a assessoria de imprensa da escola.
Entenda o caso
O estudante estava na aula de geografia, quando a arma disparou de dentro da lancheira. Antes, o menino teria falado para alguns coleguinhas que estava com a pistola. Ao ser ferido, ele recebeu atendimento no Hospital Proncor e depois foi levado para a Santa Casa.
De acordo com um pai que não quer se identificar, ele levou um susto na hora que foi buscar a filha de 2 anos que estuda na instituição. “Só de saber que teve um tiro dentro da escola do seu filho, é muito assustador, ainda mais depois de tantos casos que a gente vê pela TV de tiroteio dentro de sala de aula”, explica.
Na ocasião, a rua foi fechada pela polícia e na frente da escola, tinha ambulâncias e viaturas do Corpo de Bombeiros. “Teve pai que estava tremendo com toda essa situação. O que me disseram é que o garoto atingiu a própria perna com o disparo. Graças a Deus, ninguém mais ficou ferido”, afirma.